Os trabalhadores da educação de Juara, a 690 km de Cuiabá, entraram em greve por tempo indeterminado. A paralisação teve início no dia 20 de maio, em função da não implementação do Piso Salarial Profissional Nacional (PSPN). Na tarde de hoje (26), a categoria realiza assembleia geral para analisar a possibilidade de acampamento em frente ao prédio da prefeitura ou da Câmara Municipal.

Segundo o diretor do polo regional Nortão IV do Sindicato dos Trabalhadores no Ensino Público de Mato Grosso (Sintep/MT), Isac Pintor, o prefeito, José Alcir Paulino (PP), sinalizou que o reajuste do piso estipulado pela Lei 11.738/08 seria concedido a partir de janeiro deste ano. "Se ele tivesse cumprido o que prometeu, os profissionais já receberiam o piso de R$ 916,00", acrescentou. Atualmente, a categoria recebe R$ 849,30.

O movimento teve adesão de todas as escolas urbanas e rurais, de acordo com o sindicalista. "Apesar de estarmos passando por uma situação complicada, em que o prefeito tenta colocar os pais dos alunos contra os trabalhadores da educação, a categoria está fortalecida", assegurou Isac Pintor.

No município vizinho, Tabaporã, a 643 da Capital, a situação não é muito diferente. Os profissionais rejeitaram a proposta do prefeito, Edson Rosso (PT), de conceder um aumento de 8%, parcelado em duas vezes. A categoria não descarta uma paralisação, caso não seja atendida. Os trabalhadores da educação reivindicam reposição salarial imediata de 20% sobre o piso atual de R$ 712,00. "Eles estão mobilizados pela garantia dos direitos da categoria, que tem um dos salários mais baixos, e por melhores condições de trabalho e de estudo, já que faltam material didático e infraestrutura adequada", ressaltou o diretor regional do Sintep/MT.

Avanços - Alguns municípios da região Norte conquistaram avanços quanto à valorização profissional. Em Porto dos Gaúchos, por exemplo, distante 644 km de Cuiabá, o piso salarial passou de R$ 777,00 para R$ 810,00, correspondente a jornada de 30 horas semanais. Já em Novo Horizonte do Norte, a 663 km da Capital, houve um aumento de R$ 712,00 para R$ 801,00. Além disso, os profissionais receberão, nas folhas de pagamento de maio e junho, a diferença entre os valores retroativa a janeiro deste ano. Nas duas cidades, os funcionários de escola estão enquadrados no Plano de Cargos, Carreiras e Salários (PCCS).

Cuiabá, MT - 26/05/2010 00:00:00


Print Friendly and PDF

Exibindo: 6991-7000 de 7589

Facebook

Curta nossa página no Facebook

Twitter

Siga nosso perfil no Twitter