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O Centro de Educação de Jovens e Adultos (Ceja) Licínio Monteiro, na Várzea Grande, realizou na noite de quarta-feira (03.04) atividade diferenciada com os estudantes e trabalhadores da Educação do período noturno, com o objetivo de discutir o Projeto de Reforma da Previdência (PEC 06/2019). O debate com a comunidades escolar teve a participação do presidente do Sindicato dos Trabalhadores no Ensino Público de Mato Grosso (Sintep-MT), Valdeir Pereira e o secretário de comunicação do Sintep Gilmar Soares.
A proposta inserida nas atividades pedagógicas extrapolou o cunho teórico, quando feita para estudantes, que em sua maioria são trabalhadores e trabalhadoras e sofrerão os impactos da medida federal. “O Ceja é formado por jovens e adultos atuantes no mercado de trabalho, bem como homens e, principalmente, mulheres que trabalham na informalidade, ou são mães e esposas. A Reforma da Previdência é considerada prejudicial a todos, contudo é ainda mais cruel com as mulheres”, destacou o presidente do Sintep/MT.
Durante as explanações foram destacados pontos como; o aumento da idade para a aposentadoria, 62 anos mulheres e 65 anos para homens; os 40 anos de contribuição para conseguir valor integral da aposentadoria. Antes desse período o trabalhador aposentado terá direito apenas a parte do recursos. E mais, o ataque aos beneficiários do Programa BPC (Benefício de Prestação Continuada), que recebem um salário mínimo atualmente, para sobreviver. Esses benefícios saem de impostos pagos pela população para atender cidadão que trabalharam mas nunca contribuíram, como área rural. Ou ainda, pessoas com deficiência. Para esses, caso a reforma seja aprovada os valores caem de um salário mínimo para R$ 400,00 e apenas para os casos comprovados de miserabilidade.
Durante o debate foi destaque o fato desse projeto de Reforma da Previdência do governo Bolsonaro acabar com o regime solidário da Previdência Social. Atualmente, a política é de solidariedade, cidadania. Com o fim dela só ganham os bancos que lucrarão com os recursos do trabalhador. “Ela é imprevidente e maléfica à população que mais precisa”, afirma o secretário de comunicação do Sintep/MT, e professor no Ceja, Gilmar Soares
Grande parte da população ainda desconhece os impactos da Reforma da Previdência, pois ignoram que, ao contrário do que está sendo anunciado, ela não interfere apenas na aposentadoria, mas em toda a Seguridade Social que integra Saúde e Assistência Social (BPC), além da Aposentadoria. É preciso ter conhecimento de que, apesar dos alto valores pagos para alguns, 92% do bolo da aposentadoria é de um até dois salários mínimos; e saber que ela não é deficitária, o que falta são os grandes empresários pagarem o que devem ao caixa. Ao invés disso, o projeto isenta o pagamento patronal e exigirá que o assalariado faça poupança (capitalização) individual se quiser parar de trabalhar antes de morrer.
Assessoria/Sintep-MT
