“A escola tem que ter partido Sim, porque a escola precisa ter lado. Precisa saber que tipo de cidadão ela quer formar, que visão de mundo ela quer nesse processo. Ter partido é saber que a escola educa para uma finalidade. Diante disso não existe uma Escola sem Partido”. A afirmação foi feita pelo secretário de redes municipais do Sindicato dos Trabalhadores no Ensino Público de Mato Grosso (Sintep-MT), Henrique Lopes, ao tratar do tema Escola Sem Partido, para universitários durante o XIV Seminário de Educação do Vale do Arinos (Seva), realizado pela Universidade Estadual de Mato Grosso (Unemat), campus de Juara.

O Seminário tratou sobre “Educação Popular Democracia e Autonomia dos que fazem educação no Chão da Escola e da Universidade”. O tema Escola Sem Partido foi um alerta para um dos projetos ante democrático na educação. ”A tentativa (inconstitucional) da Escola sem Partido é mais um ataque dentro das políticas nacionais de desmonte da Educação dos últimos anos”, destaca.

Escola sem Partido é vista pelo educador como mais um subterfúgio para culpabilizar os trabalhadores pelo chamado insucesso da educação. “É irresponsável a denúncia de que os trabalhadores da educação são os principais responsáveis pela suposta ausência de qualidade da educação”, disse. Segundo o dirigente sindical, os idealizadores do projeto acreditam que os professores trabalham a doutrinação dos estudantes, a formação de militantes, ao invés de trabalhar o conteúdo. “Isso é uma questão absurda”, disse.

Lopes chama a atenção para a necessidade dos profissionais buscarem orientação sobre a falta de legalidade do Projeto, observando o princípio inconstitucional da proposta. Cita o artigo 206 (Constituição Federal), que trata do direito de aprender e ensinar, do pluralismo de ideias e concepções pedagógicas no espaço da escola criado pelo processo de gestão democrática a educação, entre outros o artigo nº 205 (CF), o artigo nº 5 (CF), até mesmo a Declaração Universal dos Direitos Humanos, da qual o Brasil é signatário.

“A Escola não pode ser um espaço neutro porque um dos seus principais princípios é o preparo da pessoa para a cidadania”. Ele esclarece que, dependendo das defesas (= tomar partido) adotadas pela escola, da visão que ela tem do mundo, da sociedade, e das pessoas, ela trabalhará o processo de formação dos seres humanos. “Não há neutralidade”, concluiu.

Assessoria/Sintep-MT

Imagem DCM

Cuiabá, MT - 09/09/2019 16:25:53


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