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O Sindicato dos Trabalhadores no Ensino Público de Mato Grosso (Sintep/MT), representado pela primeira secretária geral, Sidinei Cardoso, participou nesta segunda-feira (09.03) da Audiência Pública requerida pelo deputado estadual Valdir Barranco, na Assembleia Legislativa. O debate, em referência ao Dia Internacional das Mulheres – 8 de Março, tratou sobre os problemas vivenciados pelas mulheres no Brasil e no estado e a necessidade de enfrentamento.
Embasada em pesquisas que retrataram a situação das mulheres do ponto de vista econômico, social, profissional e político, a dirigente sindical relatou o quanto o dia 8 de março é significativo para a luta das mulheres, no sentido de romper com preconceitos e conquistar direitos.
A dirigente do Sintep/MT destacou ser representante de uma categoria composta por mais de 80% de mulheres, como é o caso da Educação. Por isso, a relevância de trazer para o debate números que comprovam o quanto a desigualdade de gênero impera na sociedade.
A educadora citou a desigualdade econômica entre homens e mulheres relatando como exemplo, a diferença financeira entre homens e mulheres. “Pesquisas revelam que a soma dos recursos dos 22 homens mais ricos do mundo equivale a todo o dinheiro, de todas as mulheres da África”, exemplificou.
Sidinei abordou o aumento do feminicídio, da violência doméstica, os enfrentamentos das mulheres nas relações de trabalho, afetivas, que, conforme constatou por dados, são ainda maiores para as mulheres negras. “Esse modelo de sociedade tem que ser superado, daí a importância do 8 de Março, não para receber flores, mas para marcar um dia de luta”, acrescentou.
Em sua exposição a dirigente reforçou a importância da participação de todas as mulheres nas lutas contra o desmonte de direitos implementado pelos governos federal e estadual. “Temos que nos unir ir para as ruas dizer não as Reformas da Previdência, a Lei do Teto de Gastos, a Reforma Trabalhista que promovem ainda mais retrocessos para as mulheres. Somos nós que seremos prejudicadas com o fim de programas sociais, com os impactos na educação, saúde”, disse. Para além desses impactos alertou sobre os prejuízos à saúde física e psicológica das mulheres, com as duplas e triplas jornadas e com o aumento do tempo de trabalho para a aposentadoria.
A audiência trouxe diferentes segmentos representativos das lutas feministas, da Educação, Saúde, Política, Meio Ambiente, Movimento Negro, e representantes de segmentos sociais, dando voz inclusive as mulheres invisíbilizadas, como a caso das Mulheres de situação de rua.
