O debate sobre “Direito a Aprendizagem, Currículo e Reorganização do Calendário Escolar em Tempos de Pandemia", tema do Seminário on-line do Sindicato dos Trabalhadores no Ensino Público de Mato Grosso (Sintep-MT) ganhou destaque pela valorização do direito à educação como direito à vida.

O debate reuniu a vice-presidente da Confederação Nacional dos Trabalhadores em Educação, Marlei Fernandes; a professora da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE), doutora Márcia Aguiar; do vice-Presidente da Internacional da Educação, professor Roberto Leão; da Deputada Federal, professora Rosa Neide; e do Deputado Estadual e Médico Sanitarista, Lúdio Cabral. A mediação foi conduzida pelo presidente do Sintep/MT, professor Valdeir Pereira

As considerações feitas por todos os palestrantes, com apoio dos dirigentes do Sintep/MT foi pela necessidade do isolamento enquanto recomendação sanitária, conforme defesa feita pelo deputado estadual, o médico sanitarista Lúdio Cabral. Conforme ele, a chegada do inverno tende a agravar ainda mais o quadro de transmissão da doença e, as escolas, pelos ampliados núcleos de convivência representado pelos estudantes, uma promotora da multiplicação dos casos.

A suspensão das aulas foi consenso devido à crise sanitária e, mesmo não defendendo o uso de tecnologias na Educação dentro de determinados critérios, condenaram a proposta apresentada pelos governos, durante a pandemia, pelo modelo genérico de educação à distância implementado.

Segundo a professora da UFPE, Márcia Aguiar, o currículo apresentado no projeto de atividades à distância é restritivo e limitado no que se refere ao acesso pelos estudantes. E mais, refletem as desigualdades socioeconômicas, cujo os impactos são maiores entre os mais vulneráveis. O vice-presidente da IEAL, Roberto Leão, reforçou ser essa, mais uma prática da mundial da política neoliberal, cujo o foco é a valorização do capital financeiro em detrimento do capital humano.

A deputada federal, Rosa Neide, defendeu a necessidade de medidas de enfrentamento aos retrocessos apresentados na Educação. Conforme ela, o Congresso Nacional, em especial na Câmara dos Deputados, apresenta inúmeros ataques aos profissionais da educação. A mais recente, a Medida Provisória nº 934 (que desobriga o cumprimento dos 200 dias letivos na Educação Básica), surge com emendas que vão da substituição de professores pela automatização, até suspensão de contratos de profissionais, entre outros

Para a vice-presidente da CNTE, professora Marlei Fernandes, mesmo diante da modelo de Educação defendida pelo governo, a categoria deve permanecer fazendo o enfrentamento. E diálogo, como o feito pelo Seminário, com participação dos profissionais, construirão as defesas que manterão a esperança.

Assessoria/Sintep-MT

Cuiabá, MT - 29/05/2020 19:09:20


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