Comitê de Acompanhamento da Implementação do Novo Ensino Médio, definiu em reunião virtual ontem (23.09), com presença do Sindicato dos Trabalhadores no Ensino Público de Mato Grosso (Sintep/MT) que o Novo Ensino Médio terá projeto piloto na rede estadual, a partir de 2022. O Documento de Referência Curricular (DCR) do Novo Ensino Médio foi encaminhado agora para apreciação do Conselho Estadual de Educação (CEE).
A reformulação do Ensino Médio, uma das Reformas impostas pelo governo federal em 2017, é alvo de inúmeros embates nacionais, inclusive de Ação Direta de Inconstitucionalidade, prevista para ser apreciada no Supremo Tribunal Federal na próxima semana.
Em Mato Grosso, o projeto é implementado com certa cautela. A Comissão de Acompanhamento prevê implantação gradual da Reforma, que está prevista para ser aplicada em pilotos, desenvolvidos em unidades escolares de regiões metropolitanas que atendam a alguns parâmetros (Ensino Médio Integral, jornada de cinco horas e Ensino Médio Inovador).
O presidente do Sintep/MT, Valdeir Pereira, presente no debate virtual destacou como positiva a cautela da Secretaria de Estado de Educação de Mato Grosso (Seduc-MT) para a implementação da medida federal, depois que o projeto similar ao Novo Ensino Médio em Mato Grosso, as Escolas Plenas, resultaram em frustração tanto para os profissionais que apostaram no programa, mas principalmente para os estudantes.
Segundo Valdeir, a ampliação da jornada é um tópico que precisa ser debatido para que não ocorra a evasão escolar vista nas Escolas Plenas. “A jornada desacompanhada de investimentos e adequações resultará em fracasso”, acredita.
O presidente faz várias considerações sobre os percursos formativos, que segundo ele, podem ser armadilhas. “A forma apresentada pelo DRC do Ensino Médio, fica evidente a possibilita o ingresso de grupos privatista na etapa de formação técnica dos estudantes, já que a alteração feita pela na LDB criou a figura do notório saber”, ressalta.
Assessoria/Sintep-MT