Sintep-MT organiza ato de protesto nesta segunda (14/12) “Educação não é Mercadoria”

Contra a privatização da Educação, o Sindicato dos Trabalhadores no Ensino Público de Mato Grosso, Sintep-MT, realizará no dia 14/12, em frente ao Palácio Paiaguás, às 8h, um ato coordenado em protesto contra às medidas do governo estadual Mauro mendes, que entre outras arbitrariedades, anunciou o fechamento de turmas, de escolas, Centros de Formação Profissional e Centros de Educação de Jovens e Adultos, ao mesmo passo em que anunciou uma compra milionária de apostilas e softwares de ensino à distância. Quanto ao fechamento de unidades de ensino, milhares de estudantes serão impactados com o que o governo insiste em chamar de “reordenamento”.

O Sintep-MT se mobiliza para exigir do governo a aprovação do Plano Estadual de Educação; a garantia da escola pública com educação integral e em tempo integral, inclusiva, com infraestrutura adequada e qualidade na aprendizagem. “Nossa luta por uma Educação Pública, gratuita, laica e de qualidade não é de hoje. Nesse momento de fragilidade devido a uma crise sanitária mundial, o governador do nosso estado aproveitou para colocar em prática seu plano de investir os recursos públicos da educação em empresas privadas, ao invés de valorizar os educadores e melhorar a estrutura das escolas públicas. Uma inversão completa de valores”, criticou Valdeir Pereira, presidente do Sintep-MT. “A Educação não é mercadoria e não podemos permitir que ela seja tratada como tal. Vamos resistir para impedir que o ensino público seja o produto que vai servir aos interesses empresariais do governador Mauro Mendes. O dinheiro da Educação deve ser investido em educação, e o seu maior ativo, são os trabalhadores, por isso, estamos nos mobilizando e vamos resistir”, disse o sindicalista. 

O ato será marcado também pela paralisação das atividades. Na pauta de reivindicações que integram a luta dos educadores em defesa do ensino público, estão ainda questões como o decreto do governo que prevê a extinção da oferta de vagas para o ensino fundamental na rede estadual até 2027 (começando a redução de vagas já no ano que vem), o que, além de sobrecarregar os municípios, também coloca em risco a carreira dos trabalhadores que atuam nessas séries iniciais. “Quanto a isso, o governo não apresentou nenhum tipo de satisfação sobre o que irá acontecer com esses educadores. Além do mais, é de conhecimento do executivo que as prefeituras não têm condições orçamentárias para receber essa demanda de estudantes, o que deve precarizar ainda mais a educação em Mato Grosso”, alertou Valdeir.

A respeito do último concurso público, os trabalhadores da Educação também cobram a posse dos habilitados, em todos os cargos e funções da carreira: professor, TAE, AAE, incluindo a função de vigias e contratação do quadro de pessoal necessário nas escolas. 

O presidente do Sintep-MT, cita ainda reivindicações que tratam diretamente da qualidade do ensino e da segurança dos educadores e dos estudantes em tempos de pandemia. “Cobramos do governo ações que garantam condições de trabalho no desenvolvimento das aulas remotas e híbridas e a ainda, que o retorno presencial se dê somente após a imunização da população, para que nem a vida dos trabalhadores, nem dos estudantes, sejam colocados em risco”, disse.

Após o ato em frente ao Palácio Paiaguás, os trabalhadores da Educação devem seguir para a Assembleia Legislativa, onde às 9h, os parlamentares devem votar o PLC 36/2020, que visa alterar a lei que confisca 14% do valor da remuneração de aposentados e pensionistas que recebem acima de R$ 3 mil; alterando a incidência dessa alíquota somente para servidores que recebem acima do teto da previdência. 

Fonte: Assessoria/Sintep-MT

Cuiabá, MT - 11/12/2020 19:38:07


Print Friendly and PDF

Exibindo: 721-730 de 7589

Facebook

Curta nossa página no Facebook

Twitter

Siga nosso perfil no Twitter