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Pressão devido ao aumento de casos de Covid-19 suspende atividades nas escolas estaduais.
Funcionários - TAE, AAE - e a gestão escolar continuam expostos ao contágio.
Após intensa cobrança do Sindicato dos Trabalhadores do Ensino Público de Mato Grosso (Sintep/MT) sobre a necessidade de interrupção das atividades escolares diante do aumento de casos de Covid-19 entre os profissionais da educação, a Secretaria de Estado de Educação de Mato Grosso (Seduc-MT) emitiu Portaria nº 164/2021, ontem (02/03), suspendendo o plantão de dúvidas com estudantes e as atividades docentes nas escolas, por 15 dias.
O documento, que orienta todo o funcionamento das atividades educacionais e administrativas da Educação estadual, manteve o atendimento nas unidades escolares para entrega de kits alimentação e material impresso para os estudantes. “ As atividades expõem os Técnicos Administrativos Escolares (TAE), Apoio Administrativo Escolar (AAE) e a gestão escolar, ao risco alto de contágio, tendo em vista que as unidades escolares contam com um número reduzido de servidores nessas funções, sendo necessário um esforço gigantesco para atender a comunidade”, destacou a funcionária de escola, Edna Bernardo.
Para o Sintep/MT, apesar das recorrentes defesas pela vida e os debates permanentes na busca por alternativas à pratica educacional, nesse momento de crise sanitária, o governo Mauro Mendes insiste em colocar em risco, profissionais e população, mantendo aberta as escolas.
“Manter os servidores em atividade, para atendimento público, é sujeitá-los ao risco de contaminação além de expor a comunidade ao mesmo risco”, destaca o presidente do Sintep/MT Valdeir Pereira. A proposta é que aguardem até serem vacinados, já que o Ministério anunciou nesta quarta-feira (03/03) a inclusão dos profissionais da educação no grupo prioritário.
Segundo o presidente, o cenário estadual com a saúde pública está entrando em colapso com falta de leitos de UTI’ s, o que exige medidas mais rigorosas para o controle sanitário. “Estamos numa crescente de mortes e contágio pandêmico. Contudo, as medidas dos governos – registradas pela inércia federal e a visão economicista do governo Mauro Mendes – continuam a contribuir com o aumento das vítimas do coronavirus”, destaca
Valdeir Pereira lembra que a sociedade civil organizada em parceria com a Comissão de Educação da Assembleia Legislativa de Mato Grosso, elaborou durante quatro meses protocolos inéditos no país, em que previam mecanismos para atuação educacional, durante a pandemia. “Foram inúmeros debates que pensaram, inclusive, em meios para assegurar aos estudantes mais vulneráveis a aprendizagem, bem como o direito à merenda, sem que se precisassem colocar eles ou suas famílias em risco. Mas infelizmente o governo Mauro Mendes e a Seduc/MT insistem em tornar as políticas Educacionais, uma via de mão única”, concluiu
Fonte: Sintep/MT
