COVID-19: Funcionários de escolas em MT estão expostos ao risco de contagio

"A pandemia tem trazido grandes prejuízos, tanto para a economia como para a vida das pessoas. Mas a perda das vidas é irreversível, diferente da economia"

Apesar de anunciado nacionalmente que os profissionais da educação entraram no grupo prioritário de imunização contra a Covid-19, ainda não há um calendário estabelecido para iniciar a vacinação. Diante desse fato, o Sindicato dos Trabalhadores no Ensino Público de Mato Grosso (Sintep/MT) defende que o governo Mauro Mendes suspenda todas as atividades e feche as escolas. 

A Portaria nº 164/2021, publicada pela Secretaria de Estado de Educação (Seduc), estabelece o funcionamento dos órgãos estaduais de educação, enquanto valer o decreto do governo para o controle da pandemia, mas permanece com as escolas abertas. As medidas da Seduc/MT suspendem apenas a presença dos professores (estudantes já estavam em isolamento), permanecendo em atividade os funcionários (Técnicos e Apoios Administrativos Educacionais – TAE e AAE) e equipe gestora.

O secretário adjunto de Funcionários do Sintep/MT, Klébis Marciano, defende que todos os/as profissionais da educação fiquem em casa. “O governo sabe a situação dos leitos de UTI no estado, o quadro da pandemia no país e em Mato Grosso. É fundamental o cuidado com a saúde da população e nós funcionários da educação corremos o mesmo risco. O meu posicionamento é que todos fiquem em casa esses 15 dias”, afirmou.

Para a dirigente sindical e Técnica Administrativa Educacional (TAE), Edna Bernardo, a proposta trazida pela portaria da Seduc/MT agrava ainda mais o risco de contágio para os funcionários. “Estamos responsáveis pela entrega do Kit da merenda escolar e material didático para as famílias e/ou estudantes. Com a redução do quadro pela metade, amplia o risco de contagio, pois dobram os atendimentos para o plantão”, destaca.

A educadora, funcionária de escola aposentada e dirigente sindical, Maria Aparecida Cortez, destaca que a pandemia tem trazido grandes prejuízos, tanto para a economia como para a vida das pessoas. “Mas a perda das vidas é irreversível, diferente da economia”, destacou.

Segundo Cida, um grande número de trabalhadores da educação está sendo acometido pela Covid-19, alguns chegando ao óbito. “Muitos deles funcionários de escola, conforme estabelecido na área 21 (diretrizes da carreira determinadas pelo MEC), e o governo muito pouco tem feito para reverter o quadro de contaminação e mortes pelo Coronavírus”, acredita.

Cida alerta que desde o primeiro decreto e portarias governamentais, esses trabalhadores/as não foram poupados e se mantiveram em atividade nas escolas, muitos atuando em funções que sequer fazem parte das atribuições da carreira, a exemplo de entrega de material escolar para os estudantes. “O risco de contaminação foi permanente. E, por isso, defendemos o fechamento das unidades até que ocorra a imunização de todos os profissionais da educação, como aprovado na Assembleia geral da categoria. A vida em primeiro lugar”, concluiu.

Fonte: Sintep-MT

Cuiabá, MT - 04/03/2021 18:29:42


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