Os trabalhadores da Educação de Várzea Grande não descartam paralisar as atividades nos próximos dias, em razão do veto do prefeito Murilo Domingos ao Projeto de Lei n° 141/2010, que dispõe sobre o Plano de Cargos, Carreiras e Salários (PCCS) dos educadores. O projeto foi aprovado na Câmara de Vereadores no dia 13 de setembro deste ano.

Atualmente, o piso pago aos profissionais é de R$ 635,00. O PCCS prevê um piso salarial de R$ 735,00. O calendário de reajustes salariais, assim como de reenquadramentos dos trabalhadores, ainda prevê que o repasse seja feito nos meses de fevereiro e setembro de 2011, e em maio e setembro de 2012. "A proposta já é uma das piores do Estado porque temos conhecimento de que há cidades com arrecadação inferior a de Várzea Grande que já garantem aos seus educadores uma remuneração digna", protesta a presidente da subsede do Sindicato dos Trabalhadores no Ensino Público de Mato Grosso (Sintep/MT), Maria Aparecida Cortez.

Os profissionais da Educação foram comunicados sobre o veto durante a sessão plenária da Câmara Municipal, na última segunda-feira (18). "O pior é o descaso da prefeitura que já vinha ignorando os nossos pedidos oficiais solicitando a imediata sanção do Projeto de Lei. Agora, o Executivo se recusa a apresentar as justificativas do veto. Não sabemos por que fomos prejudicados desta vez. É uma atitude extremamente antidemocrática do Executivo municipal e seus representantes", lamenta a sindicalista.

Os educadores não só aguardavam a sanção do PL pelo prefeito Murilo Domingos, como também cobraram do secretário municipal de Educação e Cultura, Wilton Coelho Pereira, o levantamento da vida funcional de todos os servidores da pasta para que fossem feitos os enquadramentos conforme as normas e regras previstas no PCCS.

A intenção é que, por meio da mobilização dos vereadores, o veto seja derrubado pela Câmara Municipal. Caso a situação não seja resolvida ainda nesta semana, a paralisação das atividades será pauta de reunião da categoria, agendada para a próxima segunda-feira (25). "Os trabalhadores da Educação já foram ludibriados quando não respeitaram as reivindicações da categoria expostas no projeto de PCCS", lembra. "Agora somos surpreendidos com mais essa falta de respeito da prefeitura que infelizmente não valoriza a Educação no município", finaliza Cida Cortez.

Cuiabá, MT - 21/10/2010 00:00:00


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