A educação de Matupá permanece em greve. Após reunião entre categoria, executivo municipal e representante do Ministério Público, ontem (16.03) pela manhã, nada mudou para os profissionais da Educação. O gestor municipal alegou falta de recursos financeiros para o reajuste salarial (13,01%). Uma equipe tripartite, composta pelos órgãos envolvidos (Sintep Matupá, Prefeitura e MP), avaliará o orçamento municipal para verificar como assegurar a valorização dos profissionais.
O atraso no reajuste existe desde 2014. Na época, a prefeitura não repassou aos profissionais da educação o percentual de aumento salarial concedido nacionalmente. E ainda, aguardam, desde 2012, a reestruturação da carreira quebrada com o fim do Plano de Cargos Carreira e Salários (PCCS). “Até hoje reivindicamos um parecer da Prefeitura sobre o nosso PCCS “, destaca dirigente sindical do Sintep Matupá, Regielma Bentes.
A comissão para avaliar o orçamento da Prefeitura terá uma reunião na próxima sexta-feira (20.03). Segundo Regielma, os recursos existem, é preciso que a Prefeitura se comprometa com a valorização dos profissionais da Educação. “Se houver redução na folha de comissionados, tirar do orçamento da Educação o pagamento de profissionais de outras áreas e investir os 25% do orçamento com educação, teremos recursos garantidos para o reajuste e outros investimentos”, disse.
A administração municipal demostrou descompromisso maior com a categoria ao solicitar que retomassem as aulas para negociar. “A imposição do prefeito é uma tentativa de intimidação”, afirma o presidente do Sintep-MT, Henrique Lopes Nascimento, presente na Assembleia Geral da categoria realizada ontem, na cidade. Segundo Lopes, com essa proposta, a cota de sacrifício recai apenas sobre os profissionais.