Dirigentes sindicais farão estudo para avaliar onde ocorre vazamento de 73% a folha salarial, conforme alegação do executivo
A subsede do Sindicatos dos Trabalhadores no Ensino Público de Mato Grosso, em Jaciara, contestou a declaração de inviabilidade financeira apresentada pela prefeita Andréia Wagner durante audiência na segunda-feira (22.02), com os dirigentes sindicais. A categoria cobra nas reivindicações salariais, pagamento do Piso Salarial e da Revisão Geral Anual (RGA), além de atualização do Plano de Cargos Carreiras e Salários (PCCS).
Para a diretora da regional Sul II, do Sintep/MT, Vale do São Lourenço, Doralice Vieira de Castro, presente na reunião, se o limite prudencial foi ultrapassado a responsabilidade não é da educação. “Em 2020 a educação economizou muito no município”, afirma.
Conforme Doralice, a administração deixou de usar os recursos destinados à educação em 2020. Segundo relata, com a pandemia foram cancelados os contratos temporários e quando voltaram as atividades remotas, a recontratação foi reduzida significativamente.
A presidente da subsede do Sintep Jaciara, Ester Assalin, solicitou da prefeitura as folhas de pagamento da Educação no ano passado para fazer o levantamento dos custos. “Iremos fazer a análise dos investimentos e avaliar qual o percentual de responsabilidade da Educação nesses 73% de gastos, citados pela prefeita”, afirmou Ester.
Com o parecer documentado, voltam a debater com a administração municipal. Contudo, paralelamente, será criada uma comissão que acompanhará a evolução das receitas municipais para garantir o pagamento dos direitos salariais da categoria.
Participaram da reunião, além da Diretora Regional e Diretoria da Subsede do Sintep Jaciara; a Secretária Municipal de Educação, Márcia Cristina; a vereadora Simone Freitas; a prefeita; a vice-prefeita, Maria Zila Bruschetta e o secretário de governo, Wellington Raimundo dos Santos.