Em greve há quase 15 dias, os profissionais da rede municipal de ensino de Sinop, a 503 km de Cuiabá, se reúnem em assembleia geral amanhã (02), em frente ao prédio da Secretaria Municipal de Educação. A categoria vai analisar a proposta encaminhada hoje (1°) pelo prefeito Juarez Alves da Costa. Todas as escolas municipais aderiram à paralisação e os manifestantes estão acampados em frente ao prédio da Prefeitura Municipal.

A categoria reivindica, desde abril do ano passado, o piso salarial de R$ 1.266,00 (valor pago atualmente), mas para jornada de trabalho de 30 horas semanais. De acordo com o vice-presidente da subsede do Sindicato dos Trabalhadores no Ensino Público de Mato Grosso (Sintep/MT), Valdeir Pereira, a proposta do Executivo Municipal não contempla os anseios dos profissionais da educação. "Na verdade, apenas 20% do documento apresentam avanços. Mas o principal, que é a redução compulsória da jornada de 40h para 30h semanais, não foi considerado", explicou.

Quanto a isso, o prefeito propõe a implantação da jornada de trabalho de 30h, mas com a manutenção das jornadas de 20h e de 40h. Além disso, considera a extinção apenas das 20h nos próximos concursos públicos. O sindicalista ressaltou também que a proposta do Executivo não contempla os funcionários da educação, uma vez que condiciona a inclusão de todos os servidores no Plano de Cargos, Carreiras e Salários (PCCS) à profissionalização. "Mas ele esquece que eles foram reconhecidos como profissionais da educação pela Lei 12.014, de 2009".

Na forma como Juarez Alves admite, apenas 68 dos 600 servidores da educação seriam enquadrados de fato. Outro ponto negativo da proposta apontado por Valdeir Pereira é a realização de nova atribuição de aulas com manutenção de 20% da jornada para hora-atividade e não 1/3, como estipula a Lei 11.738/08, que instituiu o Piso Salarial Profissional Nacional (PSPN). O argumento utilizado pelo prefeito é o não julgamento do mérito da Lei por parte do Supremo Tribunal Federal (STF).

Mobilização continua - A partir desses e outros pontos, a categoria irá elaborar uma contraproposta ao chefe do Poder Executivo. A expectativa é de que todos os profissionais participem da assembleia de amanhã (02). "Só ontem reunimos 900 trabalhadores da educação em frente à prefeitura para cobrar um posicionamento, continuaremos mobilizados", assegurou o vice-presidente da subsede do Sintep/MT.

 

Cuiabá, MT - 01/03/2011 00:00:00


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