Apesar das manobras do Poder Executivo para não implantar o piso salarial, os trabalhadores da educação de Colíder, a 648 km de Cuiabá, continuam em greve. A paralisação foi deflagrada no dia 06 de maio e, desde então, a categoria sofre pressão do prefeito Celso Paulo Banazeski. Ele alegou, na sessão de ontem (09), na Câmara Municipal, que se o reajuste proposto não fosse aprovado naquele momento, não poderia mais ser feito este ano.

Os profissionais encaminharam proposta solicitando a concessão de 15.85% sobre o piso atual de R$ 836,73 com a possibilidade de implementar 6.46% retroativo a março; 3.13% em junho; 3.13% em setembro e 3.13% em dezembro. Mas a contraproposta do chefe do Executivo Municipal admite apenas o índice de 6.46%. Caso a reivindicação da categoria seja atendida, o piso salarial avançaria para R$ 890,00. "Por isso, não vamos abrir mão daquilo que é nosso por direito", afirmou a presidente da subsede do Sindicato dos Trabalhadores no Ensino Público de Mato Grosso (Sintep/MT), Edina Martins.

Apesar da pressão, a categoria permaneceu na sessão de ontem da Câmara até 1h da manhã de hoje (10) para impedir a aprovação do reajuste proposto pelo prefeito. Os profissionais da educação também reivindicam a redução da jornada de trabalho dos funcionários da educação de 40h para 30h semanais. Segundo o presidente do Sintep/MT, Gilmar Soares Ferreira, a luta da categoria está embasada em estudos que respeitam as limitações financeiras do município, portanto o valor não extrapola aquilo que a prefeitura de Colíder pode oferecer.

Para o sindicalista, não se trata de reivindicar reajuste salarial, mas sim a implementação da Lei do Piso (11.738/08). "Cabe ao município cumprir o que a legislação determina e não tentar repassar a todo custo um aumento considerando apenas a inflação do período, principalmente considerando que a categoria sempre esteve e continua aberta às negociações", explicou.

 

Fonte: Pau e Prosa Comunicação

Cuiabá, MT - 10/05/2011 00:00:00


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