Cerca de três mil pessoas participaram, hoje (16), da marcha estadual dos trabalhadores da educação, em Cuiabá. A paralisação foi realizada em todo o Brasil, embasada na reivindicação da implementação do Piso Salarial Profissional Nacional (PSPN). Segundo o presidente do Sindicato dos Trabalhadores no Ensino Público de Mato Grosso (Sintep/MT), Gilmar Soares Ferreira, o ato manifesta o descontentamento da categoria com o Poder Público. "É inaceitável que o governo do Estado e os prefeitos não consigam colocar em prática a Lei do Piso", afirmou, referindo-se à Lei 11.738/2008.

A marcha contou com a participação de 60 ônibus de caravanas do interior de Mato Grosso, além dos profissionais de Cuiabá e Várzea Grande. "Também enviamos caravana para Brasília, onde ocorreu uma manifestação em frente ao Supremo Tribunal Federal (STF)", informou o diretor regional do polo Leste I, Omar Cirino. Ele integrou uma das caravanas que se concentraram na Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT), juntamente com as regionais Leste II e III, Sul I e II, e parte da Oeste II. Omar Cirino destacou que em Mato Grosso, conforme a evolução do Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica e de Valorização dos Profissionais da Educação (Fundeb), o piso deve ser de R$ 1.132,40. "É o que a Lei determina", enfatizou.

Para o secretário de Finanças do Sintep/MT, Orlando Francisco, os trabalhadores das redes estadual e municipais não têm medo de fazer o enfrentamento. "Este é um ato de insatisfação da categoria que tem como objetivo alertar os prefeitos, secretários e governador para a força do nosso movimento". Segundo a diretora da regional Leste II, Ana Lúcia da Silva, os manifestantes apostaram todas as fichas na marcha. "O Piso Salarial das redes municipais está defasado, o que compromete a qualidade do ensino", ressaltou.

A diretora do polo regional Leste III, Marizete do Nascimento, lembrou a importância do pagamento de horas-atividades a todos os profissionais. "Inclusive os interinos", complementou. Ela disse ainda que os trabalhadores dos municípios de Canabrava do Norte e Vila Rica, além de participarem da marcha na Capital, realizaram atos públicos locais.

Palácio Alencastro - Os pólos do Médio Norte I e II, Noroeste - Vale do Juruena, Oeste I, Nortão I, II, III e IV e parte da Oeste II, se concentraram na Av. Beira Rio, no Porto. Os manifestantes dos dois pontos marcharam até o Palácio Alencastro, onde realizaram protestos. De acordo com a vice-presidente do Sintep/MT, Jocilene Barboza, o principal objetivo da marcha foi chamar a atenção dos governantes para o cumprimento da Lei do Piso, além de outras reivindicações. "Não podemos esquecer a jornada de trabalho, que deve propiciar aos professores, a oportunidade de preparar suas aulas e a necessidade de aplicar 60% dos recursos em educação, inclusive o Imposto de Renda Retido na Fonte (IRRF) e, claro, um Plano de Cargos, Carreiras e Salários (PCCS) único".

Já a secretária-geral do Sindicato, Vânia Miranda, reiterou a força da categoria. "Os trabalhadores da educação estão mobilizados aqui e em todo o Brasil para exigir seus direitos". O diretor da regional Oeste I, Ricardo de Assis, disse que o número de participantes superou as expectativas. "Mesmo com o calor, os profissionais participaram ativamente, demonstrando sua indignação com as condições atuais da educação", avaliou.


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Cuiabá, MT - 16/09/2009 00:00:00


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