A rede de ensino do
município de Cláudia, a
As alterações também
apontavam, consequentemente, a concessão do reajuste do piso salarial da
categoria. Em maio deste ano, os professores foram contemplados com aumento de
15% e o piso passou de R$ 765,03 para R$ 879,78. "Mas o reajuste não foi
aplicado aos funcionários da educação, o que desrespeita a carreira única
instituída pelo PCCS (Plano de Cargos, Carreiras e Salários) vigente", explica
o diretor do polo regional Nortão III do Sindicato dos Trabalhadores no Ensino
Público de Mato Grosso (Sintep/MT), Antônio Cândido da Silva.
Por conta disso, os
funcionários da educação iniciaram uma "operação tartaruga" no dia 30 de maio
em que reduziram a jornada de trabalho pela metade. Sem avanços, eles
deflagraram greve no dia 03 de junho e, no final do mês, constataram que o
prefeito cortou os salários dos grevistas. "Novamente, temos uma atitude
intransigente do Executivo Municipal", protesta o sindicalista. Segundo ele, a
subsede do Sindicato impetrará um mandado de segurança ainda esta semana junto à
Justiça a fim de resguardar o direito dos profissionais.
Arbitrariedade - Antônio Cândido lembra que o direito de greve está assegurado na
Constituição Federal e que a reivindicação é legítima. "Por meio do argumento
infundado de que utilizou a sobra de recursos do Fundo de Manutenção e
Desenvolvimento da Educação Básica e de Valorização dos Profissionais da
Educação (Fundeb) para o reajuste dos professores e que ela não foi suficiente
para conceder o aumento aos funcionários, o prefeito está agindo de forma
arbitrária, sem cumprir o que está no PCCS", lamenta.
Outra preocupação do diretor
regional do Sintep/MT é que pessoas não qualificadas para a função e ligadas ao
gestor foram contratadas para assumir as tarefas dos técnicos administrativos e
profissionais de Apoio. De acordo com ele, a situação não atende completamente
a demanda, além de se tratar de pessoal não qualificado.