O presidente do Sindicato dos Trabalhadores no Ensino Público de Mato Grosso (Sintep/MT), Gilmar Soares Ferreira, o diretor regional do Vale do Juruena, Ailton Oliveira de Amorim e a vice-presidente, Jocilene Barboza dos Santos, denunciam o descaso da administração do prefeito José Antunes de França (PP), de Castanheira, a
As denúncias protocoladas pela subsede do Sintep de Castanheira na Promotoria de Justiça de Juína, no dia 05 de agosto, foram entregues aos procuradores de Justiça de Mato Grosso, Miguel Shessarenko e Carlos Eduardo Silva, nesta segunda-feira (08), às 10h, no auditório da Procuradoria Geral de Justiça, durante a cerimônia de inauguração da Ouvidoria do Ministério Público do Estado de Mato Grosso.
A intenção foi pedir apoio no sentido de uma articulação do Ministério Público para realização de audiência de conciliação entre a administração, que nega direitos fundamentais aos educadores, e a categoria, em greve há 50 dias. Os trabalhadores da educação reivindicam a implantação do piso salarial de R$ 1.187,97; aprovação do Plano de Carreira, Cargos e Salários (PCCS) e a melhoria as condições de trabalho (aquisição de materiais, equipamentos didáticos pedagógicos e melhorias da infraestrutura das escolas). Atualmente os profissionais da educação recebem abaixo do salário mínimo nacional que é de R$ 545,00.
O diretor regional, Ailton Oliveira, classificou como vergonhosa as propostas apresentadas pela prefeitura de Castanheira. "Além de vergonhosa, é indecente o reajuste de 20% somente aos professores efetivos e outra com reajuste de 17% para professores efetivos e contratados com nível superior e, mesmo assim, o piso salarial dos trabalhadores da categoria da educação no município ficaria dez centavos abaixo do salário mínimo garantido na Constituição Federal", afirmou o diretor sindical indignado.
Durante o período de greve, o sindicato vem tentando negociar com o secretário de Administração e com o controlador da prefeitura, pois o prefeito nunca está na cidade.
Em greve desde o dia 21 de junho, a categoria está firme e decidida a continuar a luta até conquistar o piso salarial, a reestruturação do plano de carreira, o enquadramento dos funcionários no PCCS e melhores condições materiais para as escolas.