Dossiês sobre a situação das
escolas e cartas ao prefeito escritas pelos próprios alunos foram expostos hoje
(16) de manhã, na Praça da Igreja Nossa Senhora do Carmo,
O prazo foi solicitado pelo
gestor, que assegurou o encaminhamento do documento nos próximos dias. Caso não
haja avanço, a greve pode ser retomada no dia 31 de agosto, quando a categoria
realiza assembleia geral, às 8h30, na Escola Estadual Professora Adalgisa de
Barros,
Segundo a presidente da
subsede do Sindicato dos Trabalhadores no Ensino Público de Mato Grosso
(Sintep/MT), Maria Aparecida Cortez, o prefeito Murilo Domingos, que
recentemente teve o mandato cassado, não aplicou a Lei 3.606 que aprovou a
reposição salarial de 15,85%. "Este município é um dos que tem o salário mais
baixo em todo o Estado, um descaso com a categoria e toda a população", disse,
referindo-se ao piso atual de R$ 760,00. Apesar de a Lei ter sido aprovada este
ano pela Câmara Municipal, após a greve dos profissionais da educação, até o
momento não foi cumprida.
Segundo o presidente do
Sintep/MT, Gilmar Soares Ferreira, esta realidade assola principalmente as
redes municipais. "Muitos gestores se negam a aplicar a Lei do Piso, por isso é
fundamental que os profissionais se organizem nos municípios, hoje e durante
todo o ano", frisou. Desde que a Lei 11.738 foi aprovada, em
Para Cida Cortez, o problema
não é a falta de recursos, mas a má gestão da aplicação em Educação. "O desvio
de dinheiro é claro
Más condições - Em outros casos, os dossiês apontam as condições precárias em que os
alunos estudam, a exemplo da Escola Antonio Salustio, onde os próprios
professores e funcionários da Educação fizeram reparos no forro da sala de
aula. "Assim que retornamos da greve, em junho, o teto havia desabado
passaram-se dias e a prefeitura não tomou providências. Arrumamos uma solução
paliativa, mas a escola precisa de reparos, além do número de trabalhadores,
que é insuficiente", denunciou a funcionária da Educação Carita Duarte, que
trabalha na escola localizada no Bairro Capela do Piçarrão.
Além das fotos e relatórios elaborados pela categoria, os estudantes demonstraram a indignação por meio de cartas remetidas ao prefeito. Os textos contêm reclamações não só relacionadas à Educação, mas aos problemas gerais de Várzea Grande, como segurança, saneamento básico, entre outros. Todo o material exposto será sistematizado e cópias serão entregues à prefeitura e ao Ministério Público.