Professores e técnicos-administrativos das unidades das Escolas Técnicas Estaduais estiveram em greve do dia quatro de julho a quatro de agosto. Segundo a pedagoga da Escola Técnica Estadual de Sinop, Maria Luiza Troian, desde 2008 a categoria tenta negociar com o governo, o qual não atendeu nenhuma das reivindicações. "Estamos com um quadro reduzido de servidores efetivos, pois o único concurso foi em 2004, constituindo um quadro de aproximadamente 80% dos servidores contratados, prestadores de serviços e de indicações políticas".
A luta dos servidores é pela realização de concurso público; pela atualização do Plano de Cargos, Carreira e Salários (PCCS); por uma gestão democrática e pela otimização da estrutura física e dos laboratórios. A professora de Sinop, Gislaine Dias Florentino Ferreira, afirma que, atualmente, "dos 45 servidores da escola de Sinop, apenas oito são concursados. Realidade semelhante nas outras Escolas Técnicas do Estado, com exceção das Escolas de Poxoréu e Lucas do Rio Verde, que iniciaram suas atividades sem a realização de concurso público, sendo assim não tem servidores efetivos, descumprindo a legislação vigente".
Segundo a professora, para a Secretaria de Estado de Ciência e Tecnologia de Mato Grosso (Secitec/MT), os cargos em comissão, criados pela Lei Complementar nº 374/ 2009, são ocupados por indicação política sem representação dos servidores efetivos e sem formação e experiência com a educação escolar. "Por serem indicados políticos, assumem compromisso com os interesses do político que o indicou e não com a comunidade escolar", afirma.
O PCCS em vigor é o mesmo da criação da Educação Profissional do Estado, em 2004. Não houve revisão, equiparação ou correção. A professora ressalta que "os servidores da Educação Profissional tiveram apenas reposição de perdas no poder de compra, que é o mesmo dado a todos os servidores públicos do Estado". Ela ainda afirma que os laboratórios não estão funcionando plenamente por falta de equipamentos atualizados; de material de consumo; de manutenção dos existentes; de apoio técnico; de adequação elétrica da estrutura, e de investimentos em cursos para utilização de equipamentos existentes nunca utilizados.
De acordo com o técnico-administrativo, Marcos Renê, na última reunião, realizada no dia 16 de agosto, com os secretários da Secitec e da Secretaria de Estado de Administração (SAD), "ficou evidente o descaso com que tratam a Educação Profissional do Estado, pois sequer sabiam que a greve já havia terminado no dia quatro de agosto".
Sem condições de trabalho, os servidores efetivos estudam uma nova greve até que o governo do Estado atenda as reivindicações da comunidade escolar.

Cuiabá, MT - 24/08/2011 00:00:00


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