Os trabalhadores da rede
estadual de ensino
Parte da agenda de
mobilizações do Sindicato dos Trabalhadores no Ensino Público de Mato Grosso
(Sintep/MT), a vigília também vai lembrar que a greve suspensa no dia 04 de
julho não significa o fim da luta. Na ocasião, a categoria decidiu manter o
estado de greve com indicativo de nova paralisação em setembro. "Enquanto o
governo do Estado insistir em não priorizar a Educação, o movimento
continuará", afirma o presidente do Sindicato, Gilmar Soares Ferreira.
Ele ressalta ainda que os
profissionais da educação continuam fortalecidos, mesmo diante das tentativas
de intimidação por parte do Poder Executivo. "O governo agiu de forma
antidemocrática ao substituir o diálogo pela judicialização do movimento e, via
Seduc, não respeitou a classe dos trabalhadores da educação ao atentar contra
os princípios democráticos e de direitos, utilizando-se de instrumentos de
coerção típicos de governos autoritários", recorda.
O Sintep/MT já comprovou
inúmeras vezes que existem recursos para o pagamento do piso de R$ 1.312,00. Só
no período de janeiro a abril de 2011, o governo de Mato Grosso teve um superávit
primário - diferença entre o que foi arrecadado e o que foi gasto pelo Estado -
de R$ 775 milhões. A meta prevista no Orçamento para este ano era de R$ 329,7
milhões. "Os R$ 445,3 milhões além da meta é dinheiro que o governo deixou de
aplicar em políticas públicas, sonegando à população mato-grossense os direitos
sociais básicos de saúde, segurança e educação", protesta o sindicalista.
O piso de R$ 1.312,00 aos trabalhadores da educação representa apenas R$ 26 milhões, ou seja, 5,83% do que o Executivo Estadual deixou de investir no bem estar dos cidadãos. "Portanto, está claro que não faltam recursos financeiros para atender às reivindicações da categoria, para conferir a dignidade merecida aos profissionais que se dedicam à sublime missão de educar", finalizou o presidente do Sintep/MT.