A Secretaria de Educação
Profissional e Tecnológica do Ministério da Educação (Setec/MEC) promoveu, na
quarta-feira (08), webconferência para discutir o Profuncionário com os
Institutos Federais de Educação, Ciência e Tecnologia de todo o país. A
vice-presidente do Sindicato dos Trabalhadores no Ensino Público de Mato Grosso
(Sintyep/MT), Jocilene Barboza, participou das discussões. Segundo ela, uma
série de dúvidas dos representantes dos institutos federais relacionadas à
questão metodológica e operacionalização do curso dominou a reunião.
"Por se tratar de algo novo
para estas instituições, é natural as indagações acerca da matriz curricular,
da carga horária presencial, concessão de bolsas, entre outros, porém o que
preocupa é o atraso para o início do curso", afirmou Jocilene Barboza que
esteve no campus Bela Vista, do Instituto Federal de Educação de Mato Grosso
(IFMT).
A vice-presidente lembra que
os funcionários da educação de todo o Brasil têm se mobilizado e, por meio do
Departamento de Funcionários da Educação (DEFE) da Confederação Nacional dos
Trabalhadores em Educação (CNTE), intensificado as cobranças, sobretudo do
governo federal, frente a problemas enfrentados como a falta dos materiais
pedagógicos e o não envio de recursos aos Estados para a capacitação dos
tutores.
Em meio a essas
dificuldades, foi anunciada há cerca de um ano, a mudança do programa da
Secretaria de Educação Básica/MEC para a Secretaria de Educação Profissional e
Tecnológica, e deverá ser ofertado pela rede e-TEC Brasil (Escola Técnica
Aberta do Brasil).
Jocilene Barboza ressalta
que, a partir dessa mudança, foram apresentadas pela Setec duas datas para a
aula inaugural (novembro de 2011 e março de 2012). Acontece que, mais uma vez,
a Setec adiou o início do curso para o início do segundo semestre de
Segundo a secretária de
Funcionários do Sintep/MT, Guelda Cristina Andrade, é urgente que o governo do
Estado de Mato Grosso, em parceria com os municípios, se responsabilize pela
formação dos funcionários da educação "que estão à mercê dos desdobramentos
desta transição". "Não dá mais para seguir ampliando os prejuízos na carreira e
no desempenho das funções, para os cerca de 4.500 funcionários que hoje
aguardam ansiosos pelo início da profissionalização", frisou.
"Reconhecemos a importância
da oferta dos cursos técnicos de nível médio pelos institutos federais, no
sentido de avançarmos na formação destes trabalhadores enquanto política de
Estado, porém lembramos que não exclui a responsabilidade dos governos estadual
e municipais para com este importante elemento da valorização profissional",
conclui.