"É inacreditável o que
estamos vivendo
De acordo com as informações
repassadas pelos trabalhadores locais da rede estadual de ensino, há escolas com
problemas no quadro de educadores, como as unidades Professor
Arlindo de Souza Bruno e Arnaldo Estevão de Figueireido. Numa delas,
ainda falta professor de matemática. Em consequência disso, os alunos vão embora
mais cedo, situação que deixa os pais preocupados e aflitos por justificativas
pela falta de professor.
Outro problema levantado pela
categoria é o baixo número de professores efetivos nas escolas. "Há situações em
que as unidades contratam pessoas leigas para ministrarem as aulas", lamentou. Para
o presidente do Sintep/MT, a situação causa indignação, pois muitos
profissionais classificados no concurso público não foram convocados pela Secretaria
de Estado de Educação de Mato Grosso (Seduc-MT).
Ainda de acordo com Gilmar
Soares, a realidade da Educação em Jangada não é única. "Em Várzea Grande, por
exemplo, temos vários cargos livres e muitos professores temporários",
criticou. Ele questionou que, no Diário Oficial do Estado (DOE) do dia 13 deste
mês não houve convocação de professores para a disciplina de Química.
Orientação-
A Direção Central do Sintep/MT orienta que os trabalhadores da educação formulem
denúncia junto ao Ministério Público e enviem cópias ao Sindicato, para divulgação
na tentativa de, o mais breve possível, resolver a questão, uma vez que a
validade do concurso expira em junho deste ano. A direção das subsedes do
Sintep/MT também irão reunir documentos que comprovem a existência de cargos
livres em várias disciplinas.
Segundo o presidente da
entidade, o professor classificado no concurso é o mesmo que atribui as aulas
como contratado temporariamente. "Mas, o governo não reconhece a contradição",
repreendeu. "É importante também que os trabalhadores, incluindo cargos de
Apoio e Técnico, anexem cópias do próprio contrato de interino, a fim de comprovar
que existem inúmeros contratos temporários, apesar da existência de
classificados no concurso", acrescentou.
Paralisação - O Sintep/MT está preparando uma mobilização para protestar contra estas
e outras arbitrariedades praticadas pelo Governo do Estado. Nos dias 14, 15 e
16 de março haverá manifestações, passeatas e audiências em diversos municípios.
Todos estarão mobilizados na 'Greve Nacional em Defesa do Piso Salarial Nacional,
Carreira e 10% do Produto Interno Bruto (PIB) no Plano Nacional de Educação (PNE)'.
Para Gilmar Soares, em Mato
Grosso o protesto se estende também pelo vergonhoso processo de atribuição de
aulas, que vem favorecendo a quebra da jornada de 30 horas pela Seduc. "Vamos
cobrar o direito de aposentadoria que está sendo negado pelo Poder Público",
frisou, referindo-se à suspensão dos
agendamentos de aposentadoria dentro de 15 minutos, a posse dos classificados
nos cargos de Técnico Administrativo Educacional e Apoio Administrativo
Educacional, além de outros pontos de reivindicação da categoria.