O ato público que será realizado pelo Sindicato dos Trabalhadores no Ensino Público de Mato Grosso (Sintep/MT) em frente da Associação Mato-grossense dos Municípios (AMM), na sexta-feira (16), terceiro dia da greve nacional da categoria, poderá se estender até as secretarias de Estado de Administração (SAD) e de Educação (Seduc) e ao Palácio Paiaguás. A entidade conclama os trabalhadores a se concentrarem a partir das 15 horas, na Praça Ulisses Guimarães, próximo ao Centro Político e Administrativo.
O presidente do Sintep/MT,
Gilmar Soares Ferreira, afirma que os direitos da categoria vêm sendo represados
pelo Estado. "Um deles é a suspensão dos agendamentos das aposentadorias.
Vários problemas de gestão vêm aprofundando um quadro que, em breve, poderá se
tornar caótico na educação
A greve nas escolas públicas
de nível básico em todo o Brasil começa na quarta-feira (14) e termina na
sexta-feira (16). O tema da paralisação será Piso, Carreira e 10% do PIB
(Produto Interno Bruto) no Plano Nacional de Educação (PNE).
Para o Sintep/MT, questões
urgentes que precisam ser resolvidas pelo Estado são o pagamento de
profissionais contratados interinamente que, mesmo com inserção online dos contratos na Seduc, ainda não
receberam os salários; o repasse das verbas da merenda escolar para as escolas,
já que há informações que apontam que o Estado está retendo o recurso enviado
pelo governo federal; a liberação para a posse imediata da lista de
classificados nos cargos de apoio (700) e técnico administrativo educacional
(400), parada na SAD.
Os profissionais querem
também a liberação dos processos de elevação de nível na Lei Orgânica dos
Profissionais da Educação Básica (Lopeb), que também estão retidos na SAD, e a
solução para o não atendimento dos usuários ocasionado pelo desvio de recursos
do plano médico MT Saúde.
"Esses problemas são os que
mais interferem na vida cotidiana dos trabalhadores e que também têm reflexos
nas escolas", afirma Gilmar Ferreira. Segundo ele, desde a greve de 2011 o
Sintep/MT denuncia que, pelas demandas crescentes na pasta da Educação e
considerado o crescimento vegetativo do orçamento estadual, a Seduc está falida.
"Os prejuízos causados pela
falta de compromisso das autoridades mato-grossenses com a educação têm
resultado em baixos índices de aprendizagem dos alunos", denuncia o presidente
do Sintep/MT.
A greve nacional, que conta
com uma programação específica
No mesmo dia, Gilmar Ferreira convoca os trabalhadores das redes municipais para atos públicos em frente aos gabinetes dos prefeitos, às secretarias municipais de Educação e às Câmaras de Vereadores para cobrar o Plano de Carreira único da categoria, o piso salarial nacional com 1/3 de hora atividade para os professores e a profissionalização para os funcionários/as da educação.