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O Dia Mundial em Memória das Vítimas de Acidentes e Doenças do Trabalho, celebrado em 28 de abril, leva à reflexão da questão na segurança e saúde no trabalho. Entre 20% e 30% dos profissionais da Educação no Estado estão afastados ou desviados de suas funções por problemas de saúde, conforme levantamento do Sindicato dos Trabalhadores no Ensino Público de Mato Grosso (Sintep/MT).
"A data reflete a condição desafiadora que os trabalhadores da Educação enfrentam todos os dias para exercer suas funções. Essas pessoas estão expostas a todos os tipos de acidentes e enfermidades ocasionadas por suas atividades", afirma o presidente do Sintep/MT, Gilmar Soares Ferreira.
Entre os professores, exemplifica o sindicalista, é comum haver problemas nas cordas vocais, como calos e até mesmo câncer, e inflamações nas articulações, por conta do esforço repetitivo a que estão submetidos. "No caso das cordas vocais, o que acontece é que os professores precisam forçar demais a voz em salas de aula que têm estrutura precária e muitos alunos", diz Gilmar Ferreira.
Ele também cita dificuldades enfrentadas pelos profissionais que cuida da merenda dos alunos. "As cozinhas são sem infraestutura, com botijões de gás dentro, colocando em risco os trabalhadores", afirma o presidente do Sintep/MT.
Para Gilmar Ferreira, a data deve ser lembrada como uma boa oportunidade para que a categoria lute por melhores condições de trabalho, com escolas mais estruturadas e adequadas tanto para os profissionais quanto para os alunos.
O dia 28 de abril foi escolhido porque foi nessa data, no ano de 1969, que 78 trabalhadores morreram em um acidente numa mina no Estado da Virgínia, nos Estados Unidos. A celebração da data começou no Canadá por iniciativa do movimento sindical como uma forma de denúncia e protesto contra as mortes e doenças causados pelo trabalho.
