Trabalhadores da educação e
alunos da EE Professora Elizabeth Maria Basto Mineiros, localizada no bairro
São Mateus,
Só este ano, a escola já foi
assaltada seis vezes e os danos vão além das perdas matérias, pois os
trabalhadores e alunos passaram a conviver com ameaças constantes dos
opressores. O presidente do Sintep/MT, Gilmar Soares Ferreira, participou do manifesto e cobrou ações efetivas
dos gestores. "Aqui tem que ter uma ação de estado, nos moldes das UPPs [Unidade
de Polícia Pacificadora] do Rio de Janeiro. A comunidade vive uma
desassistência. A escola já foi assaltada seis vezes. Falta infraestrutura; falta
transformador; falta uma reforma dos muros, e outras pendências", descreveu.
A
lista de reivindicação é ampliada pelo coordenador da escola, Adriano Araújo,
que denuncia a falta de assistência na comunidade. "Problemas como drogas; a
falta de condições de atendimento do Cras [Centro de Referência de Assistência
Social], que atende 51 bairros com apenas um psicólogo e um assistente social,
refletem dentro das escolas", relatou. O coordenador pede ainda que sejam
colocados agentes de pátios nos três períodos de aula e a realização de um
estudo pelo poder público para levantar todas as dificuldades enfrentadas pela
escola.
Com
um ano e meio de dedicação à escola Elizabeth
Maria Basto Mineiros, a professora Oséia
Bier fala da contradição que existe quanto a cobrança de qualidade no ensino e
a falta de estrutura. "Como o Estado pede que garanta uma educação pública de
qualidade, sem dar condições para atuarmos?", questionou. A professora ainda relata
que para lidar com situações delicadas em que tenham alunos vítimas da
violência e das drogas é preciso tentar estabelecer um vínculo com eles.
A
direção central do Sintep/MT tem cobrado ações efetivas das autoridades da área
de segurança pública e da Secretaria de Estado de Educação (Seduc/MT), dentre
elas um maior policiamento no bairro. "A Polícia Militar tem instrumento para
identificar os opressores e a função da escola é de denunciar", afirmou Gilmar
Soares, que também cobra a aplicação dos recursos constitucionais na educação,
que
Fonte: Pau e Prosa
Comunicação