Os trabalhadores da Educação da rede municipal de ensino de Santo Antônio do Leste (a 379 km de Cuiabá) fizeram uma panfletagem ontem (26) na cidade. Foi distribuída uma Carta Aberta à comunidade para esclarecer os pais e alunos sobre os motivos do movimento grevista.

Segundo a representante do Sindicato dos Trabalhadores no Ensino Público de Mato Grosso (Sintep/MT), Mariuza Santos Oliveira, a greve foi realizada no período de 4 a 18 de junho. A categoria reivindica a implementação do Plano de Cargos e Salários (PCCS), conforme o Piso Salarial Nacional (Lei 11.738) e Lei Municipal 388/2012, votada pela Câmara de Vereadores e sancionada pelo prefeito, Reinaldo Coelho Cardoso (PPS), dentre outros pontos.

Antes de entrarem de greve, os profissionais da educação encaminharam vários ofícios ao Executivo Municipal; fizeram algumas reuniões, inclusive, agendada entre os vereadores, e o prefeito não compareceu sob as alegações mais absurdas.

De acordo com a Carta Aberta, após a paralisação, o prefeito "ainda demitiu arbitrariamente vários profissionais, colocando no lugar deles pessoas sem habilitação profissional, nem experiência, e que estão contratados por um número elevado de horas semanais". Os trabalhadores criticam também as retaliações aos manifestantes e abuso de poder do prefeito, inclusive, com a diminuição de horas/aulas trabalhadas.

A categoria repudia também as atitudes do prefeito e da secretária de Educação, professora Rudinete Souza Machado, que decidiram perseguir os servidores da educação. "Em pleno século XXI presenciamos atitudes autoritárias e repressivas que esperávamos ver superadas após o período de ditadura que vivemos nos anos 60", diz o documento.

"Lutamos por condições de trabalho, formação e valorização profissional para que possamos ser o melhor instrumento na educação oferecida aos filhos e filhas da classe trabalhadora de Santo Antônio do Leste", afirmam.

Confira aqui a íntegra da Carta Aberta.

 

 

 

Cuiabá, MT - 27/06/2012 00:00:00


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