O movimento grevista dos
trabalhadores da educação de Peixoto de Azevedo (692 km de Cuiabá) recebe o apoio de pais dos alunos. Na tarde de hoje (27), eles fizeram uma manifestação
em solidariedade aos professores, técnicos e apoios que, desde o dia 18 estão
acampados em frente à prefeitura. A luta por melhorias na educação no município
completa 47 dias.
O
diretor do polo Nortão I do Sindicato dos Trabalhadores do Ensino Público de
Mato Grosso (Sintep/MT), Fernando Alves da Silva, falou da participação dos
pais na luta e também do não atendimento da educação pelo prefeito, Sinvaldo
Santos Brito (PP). "Hoje, no acampamento, recebemos os pais que fizeram uma
grande manifestação a favor da luta dos trabalhadores, pois a prefeitura tem
negligenciado e ignorado a educação no município," afirmou.
Desde
o início do movimento, o Executivo Municipal apresentou uma proposta de apenas
5,5% de aumento, o que não condiz com o piso salarial estabelecido em lei.
Ainda de acordo com o diretor do polo, ao invés de dialogar com a categoria o
Executivo Municipal entrou com uma ação de ilegalidade do movimento, mas no
último dia (25), a juíza de Direito da comarca de Peixoto de Azevedo, Patrícia
Cristiane Moreira, deu parecer favorável à categoria, ao destacar que a greve é
um direito constitucional. "A juíza não só negou o pedido, como aponta que ele deve
pagar o piso salarial estabelecido por Lei. O Ministério Público, já entrou com
uma ação para obrigar o pagamento do piso e, nós, também vamos entrar com outra
ação pedindo pelos nossos direitos", frisou.
Segundo
o sindicalista, o movimento recebe apoio da população local e a categoria não
pretende suspender a greve enquanto os direitos dos trabalhadores da educação
sejam atendidos.
Reivindicações - As demandas da educação
vão além do cumprimento do piso salarial. Os trabalhadores lutam por uma tabela
para quem não fez o profuncionário, a realização
de concurso público e posse dos aprovados no último certame, além da formação
de funcionários e elevação de classe dos técnicos que já têm nível superior.
Fonte:
Pau e Prosa comunicação