O Comitê Estadual de Prevenção e Enfrentamento ao Tráfico de Pessoas no Estado de Mato Grosso (CETRAP/MT) esteve reunido na sexta-feira (13). Em pauta, elaboração de agenda para conclusão do regimento interno e de um documento com uma série de prioridades relacionadas ao enfrentamento ao tráfico de pessoas que será entregue à ministra de Estado Chefe da Secretaria de Diretos Humanos da Presidência da República, Maria do Rosário Nunes, em visita a Cuiabá. A próxima reunião do grupo está marcada para o dia 10 de agosto. O Comitê tem o papel de monitorar, fiscalizar, discutir e sugerir políticas públicas relacionadas ao tema.
Integrante do Comitê, o Sindicato dos Trabalhadores no Ensino Público de Mato Grosso (Sintep/MT) foi representado pelo secretário de Finanças, Orlando Francisco. Segundo ele, as ações do Comitê serão para coibir o tráfico de pessoas, "um crime que possibilita a exploração infantil, da mulher, do trabalhador e ainda o tráfico de órgãos".
Durante a reunião, a secretária-adjunta de Estado de Justiça e Direitos Humanos, Vera Araújo, lembrou que as pessoas traficadas são vistas como mercadorias. "O tráfico de pessoas só perde para o de armas. Elas são disputadas como mercadorias pelos exploradores", afirmou.
Durante as discussões para a elaboração do regimento interno, ficaram evidenciadas algumas dificuldades na tipificação do crime de tráfico de pessoas. "Muitas vezes o infrator é preso por outros crimes, como exploração, cárcere privado e abuso, mas não é punido pelo tráfico", concluíram.
Outro problema levantado pelo grupo foi a forma de punição do traficante, pois, na Justiça existem algumas brechas que possibilitam o remanejamento da prisão para um trabalho social, por exemplo. O Comitê acredita que o explorador deve ser punido com multas, ao considera que as multas são mais eficazes do que a detenção.
O Comitê pretende atuar, ainda, em ações de conscientização e educação. A intenção é inibir preconceitos que colocam a vítima como culpada de sua situação.
Segundo Orlando Francisco, após a conclusão e aprovação do regimento interno, serão colocadas em prática as ações contra o tráfico de pessoas. "Vamos fazer um levantamento dos locais mais fragilizados, dos perfis desses exploradores e atuaremos em cima desses dados," frisou.

Fonte: Pau e Prosa Comunicação

Cuiabá, MT - 17/07/2012 00:00:00


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