Secretário de comunicação do Sintep/MT palestra sobre o assunto em Brasília

A necessidade de garantia de mais recursos da União para manter o Fundo de Manutenção e Desenvolvimento do Ensino Fundamental e de Valorização do Magistério (Fundeb) é consenso entre os membros do Conselho Nacional de Entidades da Confederação Nacional dos Trabalhadores em Educação (CNTE). Em reunião realizada em Brasília o representante do Sindicato dos Trabalhadores do Ensino Público de Mato Grosso (Sintep/MT) e integrante da executiva da CNTE Gilmar Soares destacou a importância da participação federal no Fundeb para garantir a concretização previsão do valor anual por aluno.
Segundo Soares, a aplicação de percentuais mínimos de recursos para a educação é uma conquista social adquirida na Constituição Federal de 1988, mas que está ameaçada por causa das variações na arrecadação de impostos em função da crise, cenário em que o governo federal vem rebaixando as previsões de recursos para o fundo.
Também participou do evento o vice-presidente da CNTE, Milton Canuto, que fez um estudo dos impactos da crise financeira, mas em especial, sobre os impactos que a política de isenção fiscal vem provocando sobre o Fundeb.  Em apresentação ao Conselho de Entidades, Canuto apontou que o a previsão inicial FUundeb/2012 de R$ 114,30 bilhões, em função da crise econômica e das políticas de isenção de impostos, provocou uma queda no Custo/Aluno/Mínimo Fundeb/2012 de  12,01%, reduzindo o valor previsto inicialmente em R$ 2.091,37 para um Custo aluno Mínimo final em 2012 com base na Portaria n° 1.495, de 28.12.2012 de R$ 1.867,15.
O resultado desse processo só poderia ser um: estados e municípios tiveram dificuldades para pagar as folhas de pagamento dos educadores no final de 2012 e início de 2013.
Como representante da CNTE no Conselho Nacional do Fundeb, Gilmar Soares já havia chamado a atenção dos demais conselheiros através de uma nota da CNTE apresentada no Conselho Nacional do Fundeb, de que a União através da Secretaria de Fazendo já deveria prever mecanismos de reparação das perdas nas contas da educação dos estados e municípios.
Gilmar apontou que toda previsão de investimentos e melhorias do passado, através do Fundeb, hoje está em suspenso diante das políticas de isenção e incentivos fiscais adotadas tanto pelo governo federal, quanto pelos estados e municípios.
Gilmar aponta que um Fundeb enfraquecido coloca em risco a aplicação do piso salarial nacional e outras políticas de valorização profissional, uma vez que  o valor de investimento por aluno tem queda significativa ameaçando a qualidade do ensino como um todo.
Entre os desafios para melhorias do Fundeb o integrante da executiva da CNTE diz ser necessária a revisão da política de complementação do piso para estados e municípios que comprovem não poder pagar o piso. São ações necessárias: a adoção de critérios concretos de valorização salarial na carreira; a adoção de critérios mais rígidos para transferências voluntárias de recursos (convênios) e o monitoramento da aplicação das verbas são outras ações que devem ser desenvolvidas para garantir o Fundeb.
Em nota pública a CNTE explica detalhadamente o histórico do Fundeb e a situação atual. Confira aqui

Cuiabá, MT - 28/03/2013 00:00:00


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