A condição de manutenção do MT Saúde esteve na pauta

O Sindicato dos Trabalhadores do Ensino Público de Mato Grosso (Sintep/MT) participou da audiência entre o Fórum Sindical e conselheiros do Tribunal de Contas do Estado de Mato Grosso (TCE) sobre várias demandas da sociedade, entre elas a condição de manutenção do MT Saúde. A entidade é contrária ao aporte empregado pelo governo estadual que chega a 70% do faturamento atual do plano.
Na pauta do Fórum Sindical, que esteve representado por 14 representantes de diversas entidades, foram elencados como pontos de discussão: a lei de eficiência fiscal, contratos temporários, escândalo dos maquinários, Conta Única do Estado, MT Saúde e gastos com combustíveis da Assembleia Legislativa (AL).
Representando o Sintep/MT o secretário de finanças Orlando Francisco diz que o Fórum defendeu que a proposta articulada entre o Legislativo e Executivo é uma ameaça às garantias constitucionais. Uma vez que mais empresas sejam isentadas de impostos e recebam incentivos em maior percentual as áreas como segurança, educação e saúde perderão recursos, fato que já vem ocorrendo, segundo ele.
Conforme a proposta articulada as empresas teriam entre 20 e 30 anos de isenção. A ampliação do período foi denunciada como comprometedora dos investimentos públicos aos conselheiros Valter Albano, Antônio Joaquim e José Carlos Novelli.
O Fórum ainda expôs aos conselheiros a preocupação com a contratação de profissionais temporariamente em diversas áreas do governo, como instrumental, da segurança pública, educação. A terceirização de serviços ampliou o ato de contratações, prejudicando o chamamento dos aprovados e classificados no concurso público de 2010.
Em relação ao MT Saúde os conselheiros se posicionaram contrários à prática de aporte financeiro do Estado no plano. Na última folha de pagamento o governo injetou cerca de R$ 5,6 milhões. O TCE citou os artigos 196 e 199 que prevêem que o recurso seja aplicado de forma igualitária e universal, o que não acontece, quando o governo banca quase inteiramente o plano aos servidores.
Orlando explica que o Sintep/MT defende o fortalecimento do Sistema Único de Saúde (SUS), que prevê atendimento universal e democrático. "A precariedade do serviço não pode servir como justificativa para a manutenção do plano, que deve ser financiada pelos próprios servidores que aderiram ao MT Saúde", diz.
Uma nova audiência será marcada entre o TCE e o Fórum Sindical para aprofundar a pauta da reunião.

Cuiabá, MT - 29/04/2013 00:00:00


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