Educadores da rede municipal de Glória D'Oeste e
Lucas do Rio Verde suspenderam as atividades esta semana por tempo
indeterminado. Nas 2 cidades os trabalhadores reivindicam avanço no piso
salarial, reformulação do Plano de Cargos, Carreira e Salários (PCCS), além de
outros itens. Antes de deliberar a greve os trabalhadores já haviam se reunido
com o Executivo para negociar a pauta da categoria, mas não teve sucesso.
Em Glória D'Oeste (312 km a oeste da Capital) os trabalhadores iniciaram a
greve dia 1 de julho. Segundo a diretora regional Oeste 2 do Sindicato dos
Trabalhadores do Ensino Público de Mato Grosso (Sintep/MT) Lúcia de Lourdes
Gonçalves foram realizadas várias reuniões nos últimos anos com o Executivo. Diante
da ausência de avanço os 51 profissionais da educação decidiram pela suspensão
das atividades.
Faz parte da pauta de reivindicação a luta pelo piso de R$ 1.350 e a
reformulação do Plano de Carreira Unificado com jornada de 30 horas.
Estudo realizado pelo Sintep/MT comprova que os recursos do Fundeb e próprios
possibilitam o pagamento do piso reivindicado, assim como a mudança de
coeficientes de 1,35 para 1,50 para graduação e 1,50 para 1,70 para
especialização.
Lúcia diz que mesmo tendo conhecimento da campanha da categoria, o Executivo
implantou na folha de junho o piso de R$ 1.175,26.
"Diante da insatisfação, a greve continua, pois sabemos ser possível avançar
ainda mais no valor do Piso e nos coeficientes", ressalta a presidenta da
subsede, professora Rosângela Rodrigues de Lima.
Nesta terça-feira (2) a categoria saiu da Escola Municipal em passeata até a Prefeitura
municipal, onde permaneceu acampada até o fim do expediente, às 13 horas.
Nesta terça-feira (2) a categoria saiu da Escola Municipal em passeata até a Prefeitura
municipal, onde permaneceu acampada até o fim do expediente, às 13 horas. Lucas do Rio Verde Inicia
nesta quarta-feira (3) a greve por tempo indeterminado dos profissionais da
rede municipal de Lucas do Rio Verde (354 km ao norte da Capital). A presidente
da subsede
Tânia Jorra diz que o principal ponto da pauta é igualar o piso municipal ao da
rede estadual. Para isso a categoria precisa ter o reajuste de 17% no salário. "A
gente vinha conversando, mas conversando estamos desde fevereiro e desde então
nada se concretizou, os professores cansaram", diz.
No primeiro dia da greve está marcada uma assembleia geral da categoria, às 9h,
na Câmara de Vereadores. Os trabalhadores também reivindicam a inclusão dos
funcionários e apoios no estatuto do magistério. A expectativa é que eles
tenham a mesma reposição e ganho dos professores. A rede possui 763
profissionais da educação.