Em reunião na manhã desta quinta-feira (17.10) o Conselho de Representantes
do Sindicato dos Trabalhadores no Ensino Público de Mato Grosso (Sintep-MT)
indicou, com ampla maioria, pelo acatamento da proposta formalizada pelo
governo de Mato Grosso na terça-feira (15.10), e a consequente suspensão do
movimento de greve dos educadores da rede estadual de ensino.
A reunião do Conselho é uma prévia que indica as deliberações locais de cada
município. A decisão final será tomada na assembleia geral, a ser realizada a
partir das 14h na Escola Estadual Presidente Médici em Cuiabá.
Durante a semana as diretorias regionais do Sintep/MT (Oeste, Sul, Norte, Médio
Norte e Noroeste, e Leste) levaram a proposta apresentada na terça-feira pelo
governo às assembleias locais, que indicaram a suspensão da greve.
De acordo com o documento, o governo do Estado deve antecipar para 1º de março
de 2014 o 1º reajuste salarial da política de dobrar o poder de compra dos educadores,
e o pagamento da hora-atividade foi proposto a ser implementado a partir do ano
que vem em 40%, sendo o restante parcelado em duas vezes para os anos
seguintes, até chegar à integralidade em 2016.
Greve
A paralisação dos educadores da rede estadual de ensino de Mato Grosso
iniciou no dia 12 de agosto. No dia 2 de agosto foi montado o acampamento de
greve ao lado do Tribunal Regional do Trabalho (TRT) no Centro Político
Administrativo em Cuiabá com o objetivo de pressionar pelas negociações.
A 1ª proposta concreta do governo foi protocolada no Sintep/MT aos 38 dias de
paralisação. Isto, porque o documento anterior só fazia referência ao
chamamento dos aprovados no concurso público de 2010, um dos itens da pauta de
reivindicações.
Durante o movimento de greve houveram muitas passeatas, consulta aos
representantes por meio dos conselhos, assembleias gerais e a demonstração de
união da categoria.
Nesta greve de duração mais longa da história recente do Sintep/MT, a adesão
marcou a força do movimento, chegando a 90% dos profissionais paralisados.
Desde 1996 esta é a paralisação mais longa. A greve de 2001 foi a de maior
tempo, chegando aos 43 dias.