Ausência efetiva de políticas foi discutida em evento
realizado em Jangada
As políticas
públicas de educação não chegam ao campo. A avaliação foi feita pelo
conselheiro fiscal do Sindicato dos Trabalhadores do Ensino Público de Mato
Grosso (Sintep/MT) Ailton Amorim durante o "4º Seminário de Educação no e do
campo de Jangada". Para o representante do sindicato ao invés de ações
permanentes, os estudantes do campo contam com ações emergenciais que nunca
resolvem os problemas da educação.
O evento foi realizado na Escola Municipal Severiano da Silva da comunidade de
Vaquejador de Jangada entre os dias 18 e 19 de outubro e contou com a
participação de diversas instituições. Além da Secretaria Municipal de Educação,
que promoveu o Seminário, estiveram presentes os representantes da Secretaria
de Estado de Educação (Seduc), o Comitê Interinstitucional Municipal Permanente
de Educação do Campo, Cefrapro e Sintep/MT.
Segundo Ailton o eixo fundamental do Seminário envolveu as políticas públicas
no desenvolvimento das atividades no campo. O conselheiro fiscal destacou que o
debate englobou a condição de escolas da rede estadual e municipal da cidade.
Problemas no transporte escolar e merenda foram temas que ilustram o cenário de
descaso com a educação no campo.
Ailton disse que as constantes denúncias de precariedade e falta de
funcionamento do sistema educacional público levam a atitudes emergenciais,
insuficientes para resolve o problema a longo prazo. "Por falta de política
pública permanente hoje as 'políticas' são reduzidas a ações compensatórias. Só
remendam, o que não garante a educação no campo".
A mobilidade dos estudantes de casa para a escola apresenta falhas. O
transporte escolar tem sido utilizado para levar alunos do campo para a cidade,
desrespeitando resolução que trata do assunto. Tipos de ações que tentam
consertar problemas, acabam causando outros conflitos, avalia Ailton. "O
estado deve garantir que a educação seja efetivada".
Situação semelhante ocorre com a merenda escolar, que não tem espaço para a
produção local e não permite a autonomia das comunidades.