O Plano Estadual de Educação ainda não faz parte da realidade de Mato Grosso. A ausência de ações para efetivas e planos municipais para a educação são um obstáculo para a aplicação do Plano Estadual nas cidades, avaliou o Sindicato dos Trabalhadores do Ensino Público de Mato Grosso (Sintep/MT) durante o 8º Encontro Estadual dos Conselhos de Educação, realizado hoje (29) na Capital.
Convidado a participar do debate sobre o processo de avaliação do Plano Estadual de Educação, o presidente do Sintep/MT, Henrique Lopes do Nascimento, pontuou que problemas estruturais não permitem o sucesso das diretrizes do Plano, vigente desde 2008.
Em 2011, quando avaliou os primeiros resultados do Plano Estadual, Henrique já observava a pouca capilaridade das diretrizes e metas nos municípios. "Dos 147 municípios a maioria não têm plano municipal de educação e foi constatado que precisam de ações imediatas para implantá-lo".
O Plano Estadual traça diretrizes para o Sistema Único de Educação (SUE), abandonado ao papel por falta de discussão, planejamento e ações, que deveriam ser compartilhadas entre municípios e Estado. Com os Planos Municipais em vigor, Henrique diz que seria possível agir com base nas metas e diagnosticar as condições locais do sistema educacional em cada cidade, o que não ocorre.
Henrique afirmou que o Sintep/MT tem contribuído nos últimos anos nos avanços alcançados por meio da gestão democrática, unificação da carreira e discussões sobre o SUE, o que tem feito de Mato Grosso referência nacional. No entanto, ele apontou a necessidade de mais envolvimento entre os entes federados na construção real deste novo sistema que também está previsto no texto do Plano Nacional de Educação, em tramitação no Congresso Nacional.

Redes municipais

Em Cuiabá, a professora da rede municipal e também secretária-adjunta de políticas educacionais do Sintep/MT, Maria Luiza Bartmeyer, apontou outras problemáticas que dificultam o desenvolvimento do ensino. Apesar da Capital ter o Plano Municipal de Educação, diferente da maioria das cidades do Estado, Cuiabá está "engessada" pela falta de articulação com o governo estadual.
"Cuiabá tem 15 mil alunos a mais do que ela tem capacidade e isso reflete em todo o sistema. Enquanto a Prefeitura estiver olhando só em conta própria e não tiver um regime de colaboração com o Estado não teremos avanço", disse. A professora complementa explicando que a insuficiência financeira tem origem neste tipo de problema e dificulta a valorização dos educadores.

Cuiabá, MT - 29/11/2013 00:00:00


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