CUT/MT realiza o 3º Encontro Estadual da Mulher Trabalhadora

Nos dias 20, 21 e 22 de março, a Central Única dos Trabalhadores de Mato Grosso (CUT/MT) realizou o 3º Encontro Estadual de Formação da Mulher Trabalhadora e segundo módulo complementar do Curso de Organização e Representação Sindical de Base (ORSB) com o tema "Relações Sociais de Gênero e Sindicalismo".

A mesa de abertura do evento contou com a presença da Secretária Nacional da Mulher Trabalhadora da CUT, Rosane da Silva, secretária de Formação da CUT/MT, Vania Maria R. Miranda, secretária da Mulher Trabalhadora da CUT MT, Marilene Lira Cabral e a Vice- presidente da CUT MT, Jocilene Barboza dos Santos.

A secretária de formação sindical da CUT/MT, Vania Maria Rodrigues Miranda, explicou que a realização do encontro Estadual de formação da Mulher Trabalhadora e o módulo complementar juntos é uma forma de colocar o debate sobre gênero em destaque dentro da política de formação sindical da CUT/MT. "O evento tem como objetivo subsidiar as trabalhadoras para construir e ocupar espaços de políticas públicas e avançar na garantia e conquistas de direitos. Temos que provocar a construção de um novo modelo de desenvolvimento, com distribuição de renda, valorização do trabalho, liberdade e autonomia sindical e igualdade entre mulheres e homens", destaca a secretária de formação sindical da CUT/MT.

Reforma Política

A mesa que discutiu o Projeto 2014 e a participação das mulheres contou com a participação da - Secretária Nacional sobre a Mulher Trabalhadora da CUT e da representante do Movimento dos Trabalhadores Sem Terra, Lucinéia Freitas. Elas destacaram a realização do Plebiscito Popular por uma Constituinte Exclusiva e Soberana sobre o Sistema Político.

A representante do MST citou a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) 57A/1999, conhecida como PEC do Trabalho Escravo que tramita há mais de 12 anos no Congresso Nacional e a PEC nº 66 que equipara direitos das domésticas a dos outros trabalhadores para exemplificar que as pautas de interesse da classe trabalhadora não caminham no Congresso Nacional.

Para secretária nacional sobre a Mulher Trabalhadora da CUT, Rosane Silva, as mudanças necessárias que visem avançar no projeto da classe trabalhadora só avançam se houver uma profunda reforma do sistema político. "Os pilares da politica brasileira ainda são do período militar. Ou gente muda a estrutura política brasileira ou não iremos conseguir avançar nas pautas dos trabalhadores/as. A realização e o sucesso do Plebiscito Popular por uma Constituinte Exclusiva sobre o sistema politico é uma luta ligada as reformas estruturantes como a reforma agrária, e a democratização dos meios de comunicação", ressalta Rosane Silva, citando como exemplo a dificuldade de votar o marco civil da internet no atual Congresso Nacional.

O debate também foi animado sobre "A Desigualdade Entre Homens e Mulheres como Construção Social", com a coordenadora do Núcleo de Estudo, Pesquisa e Organização da Mulher (Nuepom) da Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT), professora Vera Bertolini, e com o tema "Expressões das Relações Sociais de Sexo na Sociedade", com a coordenadora geral da Escola Centro-Oeste de Formação Sindical da CUT Apolônio de Carvalho (ECO-CUT), Sueli Veiga Melo. A diretora estadual da CUT/MT, Marli Keller, também colaborou com o tema "A luta das Mulheres por Igualdade e Democracia".

Coletivo Estadual

O Encontro culminou com a rearticulação do Coletivo Estadual de Mulheres Trabalhadoras da CUT/MT.

De acordo com a Secretária Nacional da Mulher o Coletivo Estadual de Mulher é um espaço importante para pensar e discutir a pauta das Mulheres Trabalhadoras. "O coletivo tem o papel de construir e traçar as lutas das mulheres trabalhadoras em Mato Grosso, que não é diferente de outros estados. E, junto com o Coletivo Nacional articular as lutas das mulheres de todo o Brasil ", frisa Rosane da Silva, que coordenada o Coletivo Nacional de mulheres da CUT.

Para Marili keller, o coletivo de Mato Grosso tem com tarefa promover o debate sobre a paridade sindical, conforme resolução aprovada no ano passado que garante, a partir de 2015, nas próximas eleições da CUT, 50% dos cargos das direções da Executiva nacional e das estaduais para mulheres. "O coletivo de Mato Grosso precisa intensificar esse processo de discussão sobre gêneros dentro do movimento sindical cutista, visando a ampliar da participação da mulher, de forma progressiva, nas espaços de poder das direções estaduais cutistas", ressalta a diretora da CUT/MT.




Cuiabá, MT - 25/03/2014 00:00:00


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