Categoria inicia o ano letivo após 56 dias de greve com garantias de correção da defasagem salarial

 

Após audiência de Conciliação no Ministério Público entre a prefeitura e o Sindicato dos Trabalhadores do Ensino Público de Mato Grosso (Sintep/MT) subsede de Colíder, a categoria em Assembleia Geral realizada na terça-feira (01.04), decidiu suspender a Greve, permanecer em "Estado de Greve" e iniciar o ano letivo, após 56 dias de Greve.

De acordo com a presidente da subsede de Colíder, Edina Martins de Oliveira, a principal reivindicação da categoria era o cumprimento do Plano de Cargos, Carreiras e Salários (PCCS), há 2 anos adiada pela gestão municipal. "A greve foi suspensa, mas a os 56 dias de paralisação garantiu o reajuste de 8,32% para todos os profissionais da Educação", frisa a presidente da subsede.

"Mas é importante valorizar o que conquistamos, como unificação de data base, unificação do reajuste, garantindo o aumento de 8,32% para todos os profissionais da Educação, investimento de 30% da receita na educação em médio prazo e a luta pela defasagem salarial e pelo ganho real, que irá continuar", argumenta a Edina Martins, lembrando que o prefeito queria aplicar o aumento de 8,32% só para os professores.

Conforme o Termo de Conciliação, ficou estabelecida a criação de uma nova Comissão de Estudos, com oito membros: 03 (três) membros do Sintep; 03 (três) membros do Poder Executivo; 02 (dois) membros indicados pelo Poder Legislativo e terá um prazo, improrrogável, de 90 dias, para apresentar um relatório conclusivo às propostas apresentadas pelo Sintep ao Município de Colíder, sendo que, ao final, apresentará relatório contendo as propostas surgidas durante os estudos. A comissão terá a tarefa também de auxiliar o chefe do Poder Executivo, em consulta ao Tribunal de Contas acerca do índice de reajuste de defasagem salarial do Plano de Cargos, Carreiras e Salários.

"Agora, no final de 90 dias, o Executivo deverá apresentar os percentuais de recomposição corrigindo a defasagem salarial e apresentando os índices de ganho real para a categoria", explica a professora Edina. 

O secretário de comunicação do Sintep/MT, Gilmar Soares Ferreira,  lamenta que a equipe gestora da Secretaria Municipal de Educação, ex-dirigentes do Sintep em Colíder não foram capazes de reconhecer o direito dos funcionários de escola, como prevê a Lei 12014/09. "Um verdadeiro contratestemunho para quem um dia integrou a direção do sindicato, afirmar em audiência que não tinham segurança do direito dos/as funcionários da educação", afirmou o professor Gilmar Soares Ferreira, ressaltando a posição firme do Ministério Público em exigir o pagamento salarial de todos os profissionais em greve, inclusive daqueles que o prefeito havia retido com o corte de salário. 

 

 

Cuiabá, MT - 03/04/2014 00:00:00


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