O Sintep-MT alerta aos profissionais da Educação e servidores públicos sobre discursos impregnados da defesa do ganho por produtividade. Audiências públicas e até mesmo Assembleias de categorias estão sendo utilizadas para discursos de políticos da base governista destacando a meritocracia como alternativa salarial aos trabalhadores insatisfeitos com os reajustes dados pelo governo.
Conforme constatado pelo Fórum Sindical, o governador Pedro Taques esteve presente em uma das Assembleias dos servidores da Secretaria de Estado de Meio Ambiente pedindo colaboração, porque o governo está no limite da Lei de Responsabilidade Fiscal e das receitas para cumprir o reajuste dos funcionários públicos. Como proposta apresenta a ideia de meritocracia (ganhos por produtividade) para resolver a questão salarial. Proposta semelhante foi defendida pelo deputado Wilson Santos, numa audiência do Fórum Sindical.
O secretário de finanças do Sintep-MT, Orlando Francisco, destaca que nas mobilizações públicas, existem grande número de servidores do Estado que desconhecem os impactos da meritocracia e podem ser confundidos. Esclarece que a meritocracia implica em mercantilismo e individualização do trabalho, não é garantia de direito trabalhista nem a construção coletiva de propostas. “Muitos desconhecem os impactos financeiro e sociais da meritocracia e podem acabar comprometendo futuros ganhos salariais”, disse. 
Na Educação isso já foi constatado durante as audiências públicas promovida pelo Deputado Wilson Santos, para tratar sobre organização curricular. Durante os debates sobre Ciclo de Formação Humana, Santos trilhou analogias e um discurso para práticas que têm como finalidade a implantação da ‘premiação’ seletiva e ganhos individuais, o que nada mais é do que a meritocracia.
 “Como se na Educação ou na Sáude, isso fosse possível. “Em ambas as áreas os bons resultados só se alcançam coletivamente. “Um professor que aprova mais alunos do que outro, não significa que ele é melhor e mereça ser premiado por isso. O mesmo se aplica aos médicos que atendem mais paciente que outro. Porque ele teve mais consultas deve ser premiado. E a qualidade?, questiona Francisco. 
A professora Maria Celma de Oliveira, presente em uma das audiências que tratou da Educação Básica Pública, destacou que não será preciso esperar o final dessas audiências para saber qual caminho a trilhar para mudarmos os rumos das nossas escolas e dos nossos estudantes. “O problema é que não há interesse de quem está promovendo as audiências, e fazer a coisa certa.”, disse ele.
Conforme ela, com certeza, nas audiências, não houve/haverá por parte do Deputado nenhuma proposta de investir 35% da arrecadação em educação pública, como está previsto na Constituição de Mato Grosso. “Duvido que aceite valorizar aquele profissional que atue exclusivamente em uma jornada e uma única escola”.

Assessoria/Sintep-MT

Cuiabá, MT - 22/05/2015 19:31:11


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