Milhares de trabalhadores (as) da Educação Pública de Mato Grosso participaram da Marcha Estadual em Defesa e Promoção da Escola Pública e por Nenhum Direito a Menos nesta sexta-feira (23) em Cuiabá. Os manifestantes percorreram a Avenida Historiador Rubens de Mendonça (Av. CPA) direção ao Palácio Paiaguás, à Secretaria de Estado de Educação de Mato Grosso (Seduc/MT), passaram em frente ao Tribunal de Contas do Estado e Tribunal de Justiça. O objetivo foi  promover um alerta pelo desrespeito às leis.

Durante a passeata, o secretário de Políticas Sindicais do Sintep/MT, professor Júlio Viana, fez uma abordagem em frente ao Tribunal de Justiça (TJ) e destacou que a justiça é a garantia integral de todos os direitos instituídos na nossa Legislação, entre eles, o da Educação. Direitos conquistados pelas classes populares e que por atos adotados pelos executivos estadual e municipais não asseguram aquilo que deveria ser garantido.

Na oportunidade, o sindicalista destacou que “em nenhum momento houve qualquer decisão do TJ sobre os desacatos às leis vigentes da Educação”. No entanto, ressaltou a atitude de repúdio do movimento por tratar como ilegal e abusivas as manifestações sindicais cerceando direitos e conquistas para o povo de Mato Grosso.

Entre os tópicos apontados aos poderes constituídos, o presidente do Sintep, Henrique Lopes do Nascimento, destacou a falácia do governo do Estado que atribui a baixa qualidade da Educação a proposta pedagógica desenvolvida; Ciclo de Formação.

Segundo Nascimento, um governo que mantém 60% de contratos temporários, precariza o vínculo trabalhista; não prioriza a dedicação exclusiva dos (as) profissionais; não implanta a educação de tempo integral; ignora a situação das condições físicas das unidades escolares e ainda, não investe o percentual (35%) de recursos legal na Educação “espera o que como resultado?”, questiona. Para o presidente do Sintep/MT, a intenção do governo é desviar a atenção da sociedade do problema real.

A marcha foi concluída após dois dias de mobilização, no entanto, o protesto e a fiscalização aos atos dos Três Poderes não está encerrada. O secretário de Comunicação do Sintep/MT e presidente da subsede de Várzea Grande, Gilmar Soares, destacou na sua abordagem o fato do governo de Mato Grosso, querer implantar no Estado modelos de gestão educacional rechaçados até mesmo pelos educadores dos respectivos Estados.

“O governador de São Paulo, Geraldo Alckim, implanta a política de fechamento das escolas. Várzea Grande está vivenciando essa tentativa do governo estadual. Mas nós educadores, já nos posicionamos contra”, destaca referindo-se ao Centro de Educação de Jovens e Adultos (Ceja) ameaçado fechar no município.

Vários pontos da perda de direitos conquistados ao longo da história do Sintep foram destacados pelos diretores e diretoras da entidade. Tópicos que, conforme o presidente, não ficarão esquecidos após a passeata. “O objetivo da Marcha foi justamente dar conhecimento a sociedade sobre a indignação da categoria”, disse. E mais, não está descartada a possibilidade de greve na luta por direitos da classe trabalhadora da Educação em Mato Grosso. 

Cuiabá, MT - 23/10/2015 18:56:41


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