O VI Encontro Estadual de Funcionários/as aberto na manhã de sexta-feira (29.04), na sede do Sindicato dos Trabalhadores no Ensino Público de Mato Grosso (Sintep/MT) debateu os desafios e perspectivas da formação inicial e continuada frente ao fortalecimento da identidade profissional. 

A mesa de abertura formada pelos presidentes do Sintep/MT, Henrique Lopes, e da CUT/MT, João Dourado, destacou as contradições entre a necessidade de avanços para os funcionários de escola e o retrocesso sinalizado pelo cenário político que indica perda de direitos com as políticas de terceirizações das funções dos profissionais na escola. Um retrocesso diante das conquistas alcançadas por Mato Grosso, após muita luta, e que hoje se estendem para o país, com risco de não acontecer, dada a agenda de retrocesso.

Formação

O coordenador de Formação da Secretaria de Estado de Educação, Kilwangy kya Kapitango-a-Samba justificou as mudanças implementadas pelo governo, o  que confrontou com os anseios da categoria. Na ótica do professor, a formação é condição 'sine qua non' para o desenvolvimento profissional. Porém, difere fundamentalmente da política de formação defendida pela categoria.

Kapitango alegou que as alterações do projeto Sala do Educador, feitas por pesquisa de amostragem com funcionários das escolas estaduais, teria referendado o anseio dos funcionários pela formação específica na função. Daí então a mudança da proposta da sala do educador para Núcleo de Desenvolvimento Profissional.  Argumentou ainda,  sobre a capacitação implementada aos funcionários das escolas que atualmente é realizada duas horas após a jornada.  A fala gerou inquietação na plateia. Para a categoria a Lei 12014 assegura o direito de todos os profissionais da educação serem capacitados dentro da jornada e não fora dela. 

Na sequência, o professor Cláudio Bernardi, responsável pelo ensino à distância no Instituto Federal de Mato Grosso (IFMT), responsável pela oferta do programa de formação Profuncionário, destacou a necessidade de ampliar as matrículas para o programa, pois o cenário apontado em 2016, em Mato Grosso, revelou uma demanda quatro vezes superior as vagas ofertadas. “Propusemos para o governo Federal a ampliação para os próximos anos do número de vagas, das 1600 disponibilizadas este ano, para 4 mil nos próximos anos.”, defendeu. 

Conquistas

O presidente do Sintep/MT, Henrique Lopes, abordou a história das lutas da inclusão dos funcionários na carreira e as conquistas até hoje. Segundo Nascimento, a realidade do mundo contemporâneo e competitivo e exige um profissional com formação global, domínio de línguas, polivalência, cultura ampla. “Fazer a formação não é para melhorar na tabela salarial, mas a lógica é atender a demanda que o mundo moderno exige na atualidade, dentro do conceito de educação integral”, disse.

Henrique finalizou destacando  a necessidade de que para não retroceder nas conquistas é preciso garantir a regulamentação do Plano Nacional de Educação (PNE), os recursos do Petróleo para a educação, Custo Aluno Qualidade. Garantias para avançarmos na efetivação do Plano de Cargos, Carreira e Salários (PCCS) para todo o pais. 

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*atualizada

Assessoria/Sintep-MT

Cuiabá, MT - 29/04/2016 17:24:55


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