O Diretório Central dos Estudantes (DCE) da Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT) Câmpus de Rondonópolis vem a público manifestar seu apoio a decisão de manutenção de estado de greve dos profissionais da educação do estado de Mato Grosso.
O recurso a greve é justo, e mais legítimo, são as demandas desta categoria de trabalhadores que primam pela melhoria do ensino público no estado de Mato Grosso. Os avanços qualitativos necessários para uma educação transformadora e cidadã entra em rota de coalisão com o projeto privatista rotulado de “MTPAR”, que propõe a transformação da educação enquanto um direito para uma espécie de serviço capitaneado por empresários que não hesitarão em sucatear as escolar e banalizar os trabalhadores para garantirem seus elevados lucros.
A pauta privatista encampada pelo governador Pedro Taques coloca em suspeição a realização de concurso público para contratação de profissionais da educação, principalmente para as categorias de apoio educacional, pois em sua visão mercadológica e simplista de educação, separa a atividade pedagógica entre funções “fim” e “meio”, como se as atividades administrativas e de apoio educacional, pudessem ser dissociadas do universo escolar. A educação é um todo, como também é a sociedade, por isso, para a garantia de continuidade de um projeto educacional é necessário o ingresso de profissionais através de concurso público.
E por último, mas, não menos importante, é o respeito à famigerada Revisão Geral Anual (RGA) que foi assegurada pela lei 510/13, que em seu artigo 3º afirma que “fica assegurado o pagamento da revisão geral anual”. Esta reposição garante que o trabalhador não seja penalizado pelo processo inflacionário que assola a economia brasileira, uma vez que os empresários repassam para os preços de seus produtos o aumento dos insumos adquiridos, possibilitando a manutenção de seus devidos lucros.
A greve extrapola os limites dados pelos muros das escolas e traz para o dia-a-dia das cidades, os problemas enfrentados na difícil tarefa de educar e ser educado. Lugar de professor também é na rua, no Palácio, na Assembleia, nos jornais, mostrando que a própria greve é um instrumento educativo. Os trabalhadores da educação pública do estado de Mato Grosso saíram de suas salas para ensinar também a nós (e, claro, ao poder público estadual) o que é educação.

Rondonópolis, 07 de Julho de 2016.
DCE/UFMT/CUR
Diretório Central dos Estudante
Universidade Federal de Mato Grosso
Câmpus de Rondonópolis

Cuiabá, MT - 14/07/2016 10:05:58


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