O segundo dia do II Encontro Nacional da Juventude da CNTE, que ocorre em Brasília até amanhã (14/8), foi aberto com uma roda de conversa sobre a “Construção do Conhecimento” e novas formas de melhorar o aprendizado na rede pública de ensino.

Os jovens educadores puderam discutir sobre o uso da música, de imagens, do cinema, do circo, do teatro e da internet na educação pública como ferramentas na aprendizagem.

“Estas são ótimas formas de garantir uma educação de qualidade. É preciso mostrar aos estudantes todas as formas de aprendizado, algo que vá além das matérias da grade comum curricular”, ressaltou o coordenador de Juventude da CNTE, Carlos Guimarães.

O professor e artista plástico Aloizio Pedersen, falou da importância de trabalhar acontecimentos passados, como a ditadura, de forma dinâmica com os alunos. "Eles sentem a história, participam e conseguem entender o que aconteceu naquele período. A arte é extremamente necessária, a arte humaniza e combate a violência".

De acordo com a mestranda em artes da Unicamp, Cristiane Taguchi, a grande função da arte é a denúncia. “Quando você escolhe o tipo de linguagem você já está escolhendo a recepção do seu público. O teatro a arte e a cultura têm em si a essência de pensar possibilidades de imaginar o que poderia ser diferente do que é. É necessário entender que a experiência artística é transformadora,” ressaltou Taguchi.

Na parte da tarde, os participantes puderam debater sobre “As contribuições da educação popular da arte e cultura no avanço da educação pública”.

"Depois de 30 anos na educação é fantástico descobrir a perda da relação de poder ocidental e começo a trabalhar algo mais circular, horizontal. Hoje eu digo que eu sou um fazedor de sonhos, eu não sou o que faz na verdade, mas o que facilita que o sonho aconteça", ressaltou o facilitador artístico, do Rio de Janeiro, Reinaldo Santana.

"A educação como arte é um processo que se constrói em todo tempo, todos os dias e em todos os lugares. Eu acho que os dois se misturam. O trabalho de um artista é o mesmo que o trabalho de um educador, porque educar é uma arte", avaliou o professor Dário Peralta, representante da Argentina.

Para o com o diretor pedagógico do Instituto Paulo Freire, Paulo Roberto Padilha, a arte é mais que uma ferramenta é uma exigência do aprendizado. “Digo isso porque a arte é a energia social da emoção. Porque ela nos deixa emocionados, apaixonados. E emocionadas as pessoas aprendem mais e melhor e desenvolvem, portanto a inteligência. A educação sem arte é uma educação fria", avaliou.

Amanhã os participantes poderão trocar experiências sobre a luta sindical e o engajamento dos jovens nos seus estados.

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CNTE

Cuiabá, MT - 15/08/2016 11:54:11


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