Debater a educação pública e gratuita um dia antes da maior Greve Geral dos últimos 100 anos no Brasil, marcada para amanhã 28 de abril, foi o primeiro movimento de enfrentamento realizado pela edição mato-grossense do Encontro Movimento Pedagógico Latino Americano, iniciado nesta quinta-feira (27.04), no Hotel Fazenda Mato Grosso, em Cuiabá. Organizado pelo Sindicato dos Trabalhadores no Ensino Público de Mato Grosso (Sintep/MT) com a participação da Confederação Nacional dos Trabalhadores da Educação (CNTE) e a Internacional de Educação da América Latina (IEAL), os cerca de 500 participantes de sete países da América Latina terão o desafio de criar a resistência.

“Em uma análise conjunta da atual situação da América Latina frente ao olhar dado pelos países americanos a partir do Consenso de Washington (1989, percebemos que o Brasil vive agora é uma ponte para o passado. E, dado o receituário neoliberal, menos direitos teremos, tendo em vista as Reformas da Previdência, Trabalhista e Ensino Médio. É preciso pensarmos juntos como fazer a resistência”, destacou o presidente do Sintep/MT, Henrique Lopes do Nascimento que ao final da fala lançou um grito de enfrentamento parafraseando Paulo Freire: “Libertar, educar e resistir”.

Com foco na importância ampliação e união para a resistência aos ataques de direitos, o presidente da CNTE, Heleno Araújo, falou sobre a necessidade de espaços, além das ações sindicais, para tornar público que os educadores estão sim, preocupados com políticas de educação. “No Brasil são 14 milhões de companheiros/as que não tiveram acesso à leitura e 80 milhões que não conseguiram concluir a educação básica”, citou como um dos grandes enfrentamento da Educação.

Um dos representantes dos países latinos, o ministro da Educação da Bolívia, Roberto Aguilar, ressaltou a incoerência de se precisar cobrar dos governos que a Educação seja pública e gratuita. Segundo ele, a educação deve ser pública e gratuita para todos e todas de qualidade. “Presto a solidariedade a luta, pois não deveria haver um estado que não brinde a educação dessa forma para todos e todas”.

A Internacional da Educação foi representada pelo coordenador regional da IEAL, Combertty Rodriguez, que destacou a prevalência em toda a América Latina da educação como um grande negócio e é necessário fazer frente a esse modelo que é o de privatização. “O movimento defende a educação pública de qualidade e clama que os educadores se mobilizem e defendam a educação pública e de qualidade”.

Compuseram a mesa o presidente da Central Única dos Trabalhadores, João Dourado; o representante da Associação Mato-grossense dos Estudantes Secundaristas, Juarez França; o deputado estadual, Alan Kardec (PT-MT); a pró-reitora de Ensino da UFMT, Lisiane Ferreira; e a secretária geral da CNTE, Fátima Silva.

Confira as fotos do evento.

Assessoria/Sintep-MT

Cuiabá, MT - 27/04/2017 14:13:17


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