“Crise, instabilidade e polarização são as três palavras que descrevem o momento político brasileiro e que inviabilizam a continuidade do governo”, destacou a secretaria de Políticas Sociais da Central Única dos Trabalhadores (CUT), Jandyra Massue Uehara Alves, na abertura da Análise de Conjuntura do Conselho de Representantes do Sintep/MT, no sábado (20.05), na sede do sindicato. O cenário nacional foi avaliado ainda pelo secretário de Articulação Sindical do Sintep/MT, Júlio César Viana, que ressaltou a configuração de retrocesso do período histórico que o país atravessa, com aprofundamento da intolerância e exclusão.

A dirigente da CUT lembrou que a desconstrução de direitos da classe trabalhadora, conduzida pelo governo ilegítimo de Michel Temer, foi contida pelas mobilizações das ruas. Conforme Jandyra, foram as manifestações iniciadas em 8 de março (Dia Internacional das Mulheres) que já traziam o protesto contra as Reformas, assim como nos dias 15 e 31 de março, que fez com que os parlamentares recuassem e dividisse a base do governo.

Jandyra destaca também o papel dos/as profissionais da Educação nessa luta. “Foram a vanguarda das mobilizações dos/as trabalhadores/as. Foi a partir da decisão da Greve Geral marcada pela Confederação Nacional dos Trabalhadores da Educação (CNTE) no dia 15 de março, que os demais segmentos agregaram”, disse.

A sindicalista destaca que os enfretamentos não acabaram e deverão ser fortalecidos com novas mobilizações, incluindo novas greves gerais. Conforme argumentou, um governo rachado, sem força para aprovação das reformas, não interessa mais ao mercado financeiro. Diante disso já se ouve parte da direita apoiando o “Fora Temer”. A justificativa, avalia, é implementar eleições indiretas e voltar ao mesmo projeto de retirada de direitos da classe trabalhadora com uma nova liderança.

Para o/a trabalhador/a aponta a manutenção da resistência. As Forças Populares já estão nas s ruas e apresentam uma proposta de saída para o país, a partir da realização de Diretas Já. A base progressista vai além, e cobra Eleições Gerais e realização de Assembleia Constituinte, para implementar um projeto que dê sustentação para um governo democrático popular.

Júlio Viana atenta para a ofensiva violência à classe trabalhadora, sustentada por valores que aprofundam a intolerância e exclusão. Valores que estão colocados, por exemplo, em ações como a publicação de uma Portaria que determina regras de vestimentas para se ter acesso a um órgão público. Em medidas como projetos de lei que defendem a demissão de servidores públicos concursados, ou ações que ameaçam alguém por usar vermelho, ou ainda, que autoriza invasão de áreas de preservação ambiental.  

Conforme Viana, a luta é maior que votar ou não para a presidência.  A luta é pela hegemonia, que não tem consenso. “Não tem como conciliar interesses nesse tipo de disputa. Ou se defende o pagamento de uma dívida secularmente acumulada (impagável) ou se garante a defesa pela inclusão social”, diz fazendo referência ao uso dos recursos públicos para alimentar o mercado financeiro (banqueiros) em detrimentos e investimentos sociais (Educação, Saúde).

Assessoria/Sintep-MT

Cuiabá, MT - 21/05/2017 10:15:58


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