Após um dia de paralisação, ontem (16.08), em frente a Secretaria Estadual de Educação Esporte e Lazer de Mato Grosso (Seduc-MT), professores/as, gestores/as, funcionários/as e estudantes de sete Escolas Plenas (escola em tempo integral), definiram com o governo a oficialização da pauta de reivindicações com prazo de resposta até 01 de setembro. Caso contrário novas manifestações serão realizadas.

A manifestação organizada pelos profissionais das unidades com a participação dos dirigentes das subsedes do Sindicato dos Trabalhadores no Ensino Público de Mato Grosso (Sintep-MT), de Várzea Grande e Cuiabá, cobraram as promessas não realizadas pelo governo quando da implantação do projeto: recursos R$ 2 mil por aluno, materiais pedagógicos fornecidos pela Seduc, bolsa de incentivo para os estudantes e reforma das escolas.

Na Escola Estadual Clênia Rosalina de Souza os profissionais relataram vivenciar alagamento das salas de aula em dias de chuva. Segundo eles, quando chove, tomam banho de urina de rato, já que o teto é de madeira. A falta de infraestrutura é uma realidade comum a todas as unidades, assim como recursos insuficientes para a manutenção das escolas. Segundo informaram as verbas que recebem são insuficientes para assegurar inclusive material de limpeza.

Para os estudantes, que passam o dia todo na unidade, a falta de sala para descansar após o almoço, a ausência de quadras de esportes cobertas para atividades físicas e recreativas, aumenta o desgaste físico e psicológico. “Estamos comendo no chão, encostados em paredes e revezando os pratos e talheres. Garanto que não é assim que os políticos comem”, reforçou um dos estudantes da Escola Plena, que integrou a mobilização.

Professores da Escola Estadual José de Mesquita lembraram que além de não receberem a bolsa prometida (R$ 800,00), ainda desembolsam recursos do próprio bolso para manter atividades educativas. Estão pagando para assegurar material para o laboratório e até mesmo assegurar as matérias eletivas (artesanato, música, vídeo). Somado a isso, denunciam estar trabalhando acima da jornada assegurada pela CLT que é de 40 horas semanais. Com desempenham atividade aos sábados chegam a fazer além de 44 horas semanais.

Para o presidente da subsede do Sintep de Cuiabá, João Custodio, desde o ano passado o Sindicato alertava para as promessas do governo, prevendo nas próprias estruturas das escolas que não seria simples consolidar um projeto de educação integral apenas ampliando a carga horária dos estudantes em sala de aula. “Hoje os estudantes dessas unidades, assim como os profissionais, estão desestimulados, muitos alunos abandonaram as escolas. Vamos pressionar para que a Escola Plena se consolide como deve ser, com estrutura adequada, e profissionais remunerados e uma educação integral como deve ser”.

Participaram da manifestação as comunidades escolares das unidades Rafael Rueda (Pedra 90), José de Mesquita (Porto), Clênia Rosalina de Souza (Planalto), Padre João Panarotto (CPA 4), Antônio Epaminondas (Baú) e Nilo Póvoas (Bandeirantes) e em Várzea Grande a Honório Rodrigues de Amorim (Cohab D. Orlando Chaves).

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Assessoria/Sintep-MT

Cuiabá, MT - 17/08/2017 15:55:12


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