Mobilização da APP tenta evitar que professores(as) PSS comecem 2018 com salário menor que no ano passado

O final de semana foi de desespero e aflição para milhares de professores(as). Os(as) trabalhadores(as) em educação pública estadual encerram 2017 recebendo salários defasados em 8,53% por conta do calote que o governador Beto Richa (PSDB) deu na data-base. Agora, descobriram que o poder de compra irá diminuir ainda mais.

A situação, que já é complicada, ficou ainda mais grave nessa sexta-feira (16), com a publicação do edital que dispõe sobre a contratação dos(as) educadores(as) pelo Processo Seletivo Simplificado (PSS), em 2018. Na publicação, o governo informa que reduzirá mais de 13% o salário desses(as) profissionais.

Para pressionar o governo, a APP-Sindicato organizou um ato público nesta segunda-feira (18) para cobrar do governo a revogação dessa punição. Em Curitiba, o ato começou às 10 horas, em frente ao Palácio Iguaçu.

Tirando a comida da mesa de quem menos recebe – Ao som de pratos vazios, a categoria protestou e adentrou o saguão da sede do governo. O coro, ouvido por quem passou pelo Centro Cívico, misturava gritos de ordem e o som de bater dos pratos, para mostrar o descontentamento com o governo Richa e sua política de austeridade.

“Eu passei o sábado e o domingo fazendo contas para decidir o que vou ter que cortar da mesa da minha família. Em uma época em que tudo sobe isso só nos deixa ainda mais desgostosos. Eu vim e vou protestar sim! É pelos meus filhos, é pelos professores que não puderam vir”, contou a professora PSS, Dionísia da Silva.

A APP protesta porque a defesa dos direitos dos(as) trabalhadores(as) é prioridade e porque sabe que a medida é punitiva e não de caráter econômico.“O governador do Estado ao reduzir o salário pune os professores. Nós não podemos aceitar, isso é inadmissível. A receita tem aumentado, isso é uma punição descarada e a gente precisa resistir. Precisamos de um grande número de pessoas para sair hoje daqui com a reversão dessa situação”, reforça o deputado estadual Professor Lemos (PT).

A mobilização segue durante à tarde. A direção estadual conclama a presença da categoria para intensificar a resistência e o estado de alerta. No interior do Paraná, professores(as) e funcionários(as) também participam de atos, em frente aos Núcleos Regionais de Educação (NREs). “Chega de ataque, chega de desrespeito e de tirar comida da boca dos professores com os menores salários. Vamos fazer o que for preciso para reverter esta decisão absurda”, defende o presidente da APP, professor Hermes Silva Leão.

A ocupação pacífica continua e a reivindicação imediata é que a direção seja recebida pela governadora em exercício .

APP/Sindicato Paraná

 

Cuiabá, MT - 18/12/2017 15:47:24


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