A Confederação Nacional dos Trabalhadores em Educação (CNTE) se soma às entidades de luta contra a discriminação, neste 28 de junho, em que se comemora o Dia Internacional do Orgulho LGBT (Lésbicas, Gays, Bissexuais e Transgêneros/Transexuais). A instituição reitera o compromisso com a luta pela escola como espaço democrático, plural, inclusivo e de respeito à diversidade.

Em tempos de Copa, a data assume papel ainda maior de sensibilização, conforme destaca Christovam Mendonça, secretário de Direitos Humanos da CNTE. “O evento está sendo realizado na Rússia, um país que, infelizmente, não dá direitos para a comunidade LGBT. É um governo que reprime, em cenário de opressão”, relembra o professor.

No Brasil, de acordo com ele, ainda vivemos os impactos do duro golpe do governo, sexista e LGBTfóbico, e há pouco o que se orgulhar. “Tivemos um pequeno avanço, no poder judiciário, com a garantia da alteração do nome do registro civil para as pessoas trans. Em nível internacional, houve a movimentação da ONU no sentido de retirar o CID da transsexualidade”, explica Mendonça.

Segundo o educador, no entanto, as vitórias tornam-se pequenas para quem tem pressa, como a comunidade LGBT, com altos índices de violência e assassinato, além da exclusão na escola pública. Dentre as recentes mobilizações para reverter a situação, a CNTE lançou, em 17 de maio, a campanha Escola Sem LGBTfobia, que incluiu a produção de cartaz com a mensagem "Área protegida contra a LGBTfobia" e jornal mural sobre a temática. O material, encaminhado para os sindicatos filiados à CNTE e escolas de todo país, tem gerado debates e reflexões entre educadores, estudantes e familiares.

Iniciativas como essa fortalecem a causa e estimulam outras ações. Segundo a Associação Nacional de Travestis e Transexuais (Antra), o Brasil é o país que mais assassina pessoas Trans no mundo. O número de assassinatos no país é três vezes maior do que o segundo colocado no mundo, México, com média de 50 mortes. Conforme a entidade, apenas em 2017, foram contabilizados 179 assassinatos de travestis ou transexuais. Isso significa que, a cada 48 horas, uma pessoa trans é assassinada no país. Em 94% dos casos, os assassinatos foram contra pessoas do gênero feminino.

Histórico

A data de 28 de junho marca o episódio ocorrido na cidade de Nova Iorque, em 1969, no bar Stonewall Inn. Na ocasião, grupo de gays, lésbicas e trans reagiram a uma série de batidas policiais que eram realizadas, com frequência, no local.

O fato, além de ser escolhido com inspiração para o Dia do Orgulho LGBT, também motivou a organização na 1° parada do orgulho LGBT, realizada em 1° de julho de 1970.

CNTE

Cuiabá, MT - 28/06/2018 17:21:19


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