O Governo Taques deixa mais de 760 escolas estaduais sem recursos do Plano de Desenvolvimento da Escola (PDE) e coloca sob ameaça as aulas do segundo semestre, que começa em 1º de agosto. A denúncia feita pelos gestores foi protocolada, esta semana, no Ministério Público Estadual e na comissão de Educação da Assembleia Legislativa de Mato Grosso (ALMT).

A falta de compromisso com o repasse legal dos recursos para as escolas tem comprometido a gestão administrativa das unidades e afeta ainda mais a qualidade da educação. “Em muitas unidades a merenda tem sido pão, pois não há recursos para a compra do gás e cumprir o cardápio”, relata o diretor da Escola Estadual Maria Leite Marcoski, de Várzea Grande, Fabrício Fernandes.

Segundo os gestores que registraram denúncia no MPE, o atraso nos repasses durante a gestão Taques são regulares. No primeiro semestre, a parcela que deveria chegar nas unidades para o início das aulas (fevereiro) chegou em maio e com o agravante de ser paga em três vezes. O atraso, somado ao parcelamento dos recursos, comprometem os investimentos necessários para as escolas.

Sem recursos, os educadores como a Escola Estadual Domingos Sávio Brandão Lima, em Várzea Grande,  são obrigados a buscar alternativas para manter o funcionamento da unidade. Se utilizam de prerrogativas como venda de camisetas ou festas para arrecadar fundos. Outros voltam a ficar reféns dos fornecedores que prorrogam prazos de pagamento. “A omissão do governo em assegurar a educação pública faz com que os diretores/as das escolas tomem para sí responsabilidades que são do estado”, alerta a presidente interina do Sintep/MT, Jocilene Barboza.

Membro do Conselho Deliberativo da Comunidade Escolar, a funcionária Fátima Rocha, relata que estão sendo obrigado a fazer o máximo com o mínimo. “A limpeza da escola é feita, pois precisamos deixar a escola limpa para receber os estudantes, mas fazemos dentro do possível, muitas vezes limpando só com água”, diz

O PDE é um repasse feito em quatro parcelas, que deveria ser realizado bimestralmente, para manutenção e desenvolvimento da escola com foco na melhoria da qualidade do ensino. Ele auxilia a escola a se organizar de maneira eficiente e eficaz, com foco na melhoria do desempenho do aluno. “Esse é mais um ataque do governo Taques a Gestão Democrática, que tenta promover de forma lenta o desmonte da escola pública e gratuita”, conclui Jocilene

Cuiabá, MT - 29/06/2018 09:18:26


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