A unificação da carreira dos profissionais da educação de Mato Grosso completa 31 anos em outubro de 2018. No mesmo mês, em muitos municípios e estados, se comemora o Dia da Merendeira (30.10). O Sindicato dos Trabalhadores no Ensino Público de Mato Grosso (Sintep/MT) parabeniza todos e todas profissionais que ocupam a função, lembrando o quanto esses trabalhadores/as têm a comemorar.

A conquista da profissionalização dos funcionários/as de escola em Mato Grosso, iniciada pelo Sintep/MT, ainda na década de 80, foi consolidada com o projeto de formação Arara Azul e com a aprovação da LC 050/1998, que garantiu a carreira unificada. Fortalecida a identidade profissional destes trabalhadores e trabalhadoras, , em 2009, por meio da Lei Federal 12.014, foram reconhecidos nacionalmente como trabalhadores/as da educação.

O termo merendeira ainda é utilizado em alguns espaços, apesar da atuação desse/a trabalhador/a ter sido ampliada para além do “fazer” a merenda. “A partir da profissionalização esse/a funcionário/a compreende que seu trabalho é educativo, que sua atuação política pedagógica extrapola o espaço da cozinha”, afirma a secretária de Políticas Educacionais do Sintep/MT, Guelda Andrade.

A técnica em alimentação escolar, Maria Heid Conrrado da Silva, na função há 13 anos, se profissionalizou em 2008, pelo programa Profuncionário. Conforme ela, com a formação aprimorou as práticas na cozinha. Para além de cozinhar ela passou a ter consciência da importância de seu papel educativo. “O papel da merendeira vai além do espaço da cozinha”, afirma Maria Heid.

A técnica atuou com projetos de horta escolar, integrados com os conteúdos da sala de aula, participou do Conselho Deliberativo da Comunidade Escolar, colaborando com as decisões do funcionamento da escola. Sem contar que muitas vezes é a escolhida para ouvir as angustias e sonhos dos estudantes. ‘Eles são extremamente carinhosos”, que procuram para desabafar”, disse.

A recém empossada no cargo de apoio administrativo escolar, na função de merendeira, Jackeline Tavares dos Santos Rocha, aos 35 anos enfrenta o desafio de conquistar com seu tempero, um grupo bem maior de pessoas. ‘Sempre gostei de cozinhar, e estou feliz por poder ampliar a experiência”, relata. Jackeline ainda não é profissionalizada, mas diz ter aprendido muito convivendo com profissionais mais experientes. “Estou ansiosa para fazer a formação e ampliar minhas possibilidades”, destaca.

Apesar do fortalecimento da identidade profissional, conquistado com a profissionalização e valorização, a ameaça da terceirização é uma constante, considerando o cenário político. “É necessário que os/as trabalhadores compreendam a necessidade da organização em sindicato, por meio da livre filiação, e a importância da organização por local de trabalho, para juntos fazer a luta e resistência”, conclui Guelda.

Assessoria/Sintep-MT

Cuiabá, MT - 01/11/2018 16:16:08


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