Com o auditório Clóvis Vetoratto do Palácio do Governo lotado, autoridades e representantes da sociedade acompanharam, ontem (11) à tarde, o lançamento do Pacto Nacional pelo Enfretamento à Violência Contra a Mulher. O ato, que serviu também para fazer a implantação da Superintendência Estadual de Políticas para as Mulheres, foi marcado por muitas manifestações de apoio à causa. O documento foi assinado pelo governador Silval Barbosa e contou também com a presença da ministra Nilcéia Freire, da Secretaria de Políticas para as Mulheres, representando o governo federal.

A vice-presidente do Sindicato dos Trabalhadores no Ensino Público de Mato Grosso (Sintep/MT), Jocilene Barboza dos Santos, e a secretaria de Formação Sindical, Marli Keller, acompanharam a solenidade com muito interesse, justificado ainda mais, pelo fato de a entidade ter uma atuação muito grande no Conselho Estadual de Defesa dos Direitos da Mulher. Para Marli Keller, este ato representa a possibilidade de fortalecer o trabalho realizado pelo conselho.

Segundo a sindicalista, já existe no atual governo, em nível federal, inúmeros mecanismos neste sentido, e com a criação do pacto, que funciona integrado, fica mais fácil definir uma série de prioridades, porque é a institucionalização de políticas de enfrentamento sobre o problema. "Vemos com bons olhos a criação deste pacto", destaca.

Outro reforço em sua exposição, está no fato de que o Sintep tem em sua categoria, 80% de mulheres. Marli Keller diz que não só agressão física, as mulheres sofrem ainda outras formas de violência, que também estão ligadas a questões culturais, em relação ao homem como a desigualdade de tratamento, por exemplo. Ela se refere à questão salarial em que as mulheres se sentem desvalorizadas. Mas acredita que este pacto coloca à disposição, um aparato maior que pode conter a violência contra as mulheres. "É preciso criar uma nova mentalidade sobre a situação que enfrentamos, para reverter estas desigualdades", acrescenta.

A vice-presidente do Sintep/MT, Jocilene Barboza, considera a iniciativa também de grande importância porque instrumenta formas de enfrentamento à violência contra a mulher. Era preciso mesmo a criação de um aparato dessa natureza. "Era um espaço que estava descoberto pelo Estado há algum tempo, e agora este pacto vem suprir esta necessidade", destaca a educadora. "Foi feito com certo atraso, mas é louvável", frisa.

Jocilene Barbosa destaca que é preciso levar em conta, não só a violência quanto às agressões físicas sofridas pelas as mulheres hoje em dia, mas também outras formas de discriminação social e a postura de domínio do homem, em relação ao sexo feminino. Mas apesar das queixas, a sindicalista admite muitos avanços neste sentido. Ela lembra que o próprio governo federal vem desenvolvendo uma série de mecanismos como uma agenda social, voltada para a mulher de uma maneira geral. Segundo ela, é caso de várias conferencias e debates visando reduzir este problema.

Adesão de MT agrada

Uma das manifestações mais otimistas sobre a criação do pacto federativo foi feita pela vereadora de Cáceres e diretora regional do polo Oeste II do Sintep/MT, Lúcia Gonçalves. Ela afirma que a cidade evoluiu muito, nos últimos anos, com um trabalho nesta área. Lembra ainda as conquistas obtidas com uma Vara Especializada que atua na defesa da mulher. "A adesão do Estado nessa iniciativa nos possibilita a criação de políticas mais eficazes para combater a violência contra a mulher", destaca a parlamentar. E depois reforça que as medidas irão trazer um pouco mais de segurança às pessoas atingidas por algum tipo de violência, incentivando inclusive a denúncia.

 

Fonte: Pau e  Prosa Comunicação

 

 

 

 

 

Cuiabá, MT - 12/05/2010 00:00:00


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