A subsede de Cláudia do Sindicato dos Trabalhadores no Ensino Público de Mato Grosso (Sintep/MT) rejeitou, na manhã desta terça-feira (18), a contraproposta do prefeito municipal, Vilmar Giachini (PMDB) ao termo de compromisso firmado com a categoria, no dia 11 de maio,
Dentre as justificativas dos trabalhadores da educação está o fato de o gestor continuar fazendo ameaças veladas aos profissionais, além de manter o corte de salários. "Todos os itens propostos apontam para o desfavorecimento da categoria", ressaltou o presidente da subsede, Edson Sauthier. Ele afirmou ainda que o prefeito alterou, na contraproposta, itens fundamentais para a correta aplicação dos recursos constitucionais
Para o presidente Sintep/MT, Gilmar Soares Ferreira, o prejuízo com o não cumprimento do acordo por parte do Poder Público não é apenas dos trabalhadores. "A sociedade como um todo perde com essa situação. Lamentamos profundamente que existam ainda prefeitos que não cumprem a Lei e ratificamos nosso apoio a mais esta luta", salientou.
De acordo com o diretor regional do polo Nortão III do Sintep/MT e vice-presidente da Câmara Municipal de Cláudia, Antonio Cândido da Silva, a categoria buscou todas as formas de intervenção para resolver o impasse. "Estamos passando por uma situação delicada, com salários retidos, ameaça de demissão dos funcionários interinos e notificação individual dos concursados", relatou.
Desde ontem (17), cerca de 100 trabalhadores da rede municipal de ensino estão na Capital mato-grossense, em virtude do aumento da truculência por parte de Vilmar Giachini e da base governista da Câmara. "Não havia outra alternativa", resumiu. Os profissionais estão alojados na sede central do Sintep/MT. "Além do apoio total e irrestrito que temos da direção estadual do Sindicato, vamos procurar os deputados estaduais, a Secretaria de Estado de Educação (Seduc/MT) e o governador", explicou o diretor regional.
De acordo com o presidente da subsede, o desejo da categoria, com a assinatura do termo de compromisso, era estar em sala de aula. "Mas não temos a intenção de esmorecer. Nas conversas diárias com os companheiros, percebemos que toda a forma de suprimir o movimento apenas nos fortalece", acrescentou Edson Sauthier.